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Plinio Corrêa de Oliveira Revolução e Contra-Revolução IntraText CT - Texto |
B. "A Contra-Revolução é estéril por ser essencialmente negativista"
Outro "slogan": a Contra-Revolução se define por seu próprio nome como algo de negativo, e portanto de estéril. Simples jogo de palavras. Pois o espirito humano, partindo do fato de que a negação da negação importa numa afirmação, exprime de modo negativo muitos de seus conceitos mais positivos: in-falibilidade, in-dependência, in-nocência, etc. Lutar por qualquer desses três objetivos seria negativismo, só por causa da formação negativa em que eles se apresentam? O Concilio do Vaticano, quando definiu a infalibilidade papal, fez obra negativista? A imaculada Conceição é prerrogativa negativista da Mãe de Deus?
Se se entende por negativista, de acordo com a linguagem corrente, algo que insiste em negar, em atacar, e em ter os olhos continuamente voltados para o adversário, deve-se dizer que a Contra-Revolução, sem ser apenas negação, tem em sua essência alguma coisa de fundamental e sadiamente negativista. Constitui ela, como dissemos, um movimento dirigido contra outro movimento, e não se compreende que, numa luta, um adversário não tenha os olhos postos sobre o outro e não esteja com ele numa atitude de polemica, de ataque e contra-ataque.