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Plinio Corrêa de Oliveira Revolução e Contra-Revolução IntraText CT - Texto |
10. A CONTRA-REVOLUÇÃO E OS NÃO CATÓLICOS
A Contra-Revolução pode aceitar a cooperação de não católicos? Podemos falar de contra-revolucionários protestantes, muçulmanos, etc.? A resposta precisa ser muito matizada. Fora da Igreja não existe autentica Contra-Revolução (cfr. N*****5, supra). Mas podemos admitir que determinados protestantes ou muçulmanos, por exemplo, se achem no estado de alma de quem começa a perceber toda a malícia da Revolução a tomar posição contra ela. De pessoas assim é de esperar-se que venham a opor à Revolução barreiras por vezes muito importantes: se corresponderem à graça, poderão tornar-se católicos excelentes e, portanto, contra-revolucionários eficientes. Enquanto não o forem, em todo caso obstam em alguma medida à Revolução e podem até fazê-la recuar. No sentido pleno e verdadeiro da palavra, eles não são contra-revolucionários. Mas pode-se e até se deve aproveitar a sua cooperação, com o cuidado que, segundo as diretrizes da Igreja, tal cooperação exige. Particularmente devem ser tomados em linha de conta pelos católicos os perigos inerentes às associações interconfessionais, segundo sabiamente advertiu São Pio X: "Com efeito, sem falar de outros pontos, são incontestavelmente graves os perigos a que, por causa de associações desta espécie, os nosso expões ou com certeza podem expor, quer a integridade de sua fé, quer a justa obediência às leis e preceitos da Igreja Católica" (Encíclica "Singulari Quadam", de 24-IX-1912 -- "Bonne Presse", Paris, vol. VII, p. 275).
O melhor apostolado dito "de conquista" deve ter por objeto esses não católicos de tendências contra-revolucionárias.