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Plinio Corrêa de Oliveira
Revolução e Contra-Revolução

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C. Objeção: os sucessos comunistas na Itália e na França

Mas -- dirá alguém -- os sucessos alcançados pelo comunismo por meio da aludida tática, quer na Itália, quer na França, não permitem afirmar que o mesmo esteja em retrocesso no mundo livre. Ou que, pelo menos, seu progresso seja mais lento do que o do carrancudo comunismo das eras de Lenine e de Stalin.

Antes de tudo, a tal objeção deve-se responder que as eleições gerais na Suécia, Alemanha Ocidental e Finlândia, bem como as eleições regionais e a atual instabilidade do gabinete trabalhista na Inglaterra, falam bem da inapetência das grandes massas em relação aos "paraísos" socialistas, à violência comunista, etc. («FN1) Essa tão vasta saturação anti-socialista na Europa Ocidental, se bem que seja fundamentalmente um revigoramento do centro e não da direita, tem um alcance indiscutível na luta entre a Revolução e a Contra-Revolução. Pois na medida em que o socialismo europeu sinta que vai perdendo as suas bases, seus chefes terão de ostentar distanciamento e até desconfiança em relação ao comunismo. Por sua vez, as correntes centristas, para não se confundirem, perante os seus próprios eleitorados, com os socialistas, terão que manifestar uma posição anticomunista ainda mais acentuada que a destes últimos. E as alas direitas dos partidos centristas terão de se declarar até militantemente anti-socialistas.

 Em outros termos, passar-se-á com as correntes esquerdistas e centristas favoráveis à colaboração com o comunismo o mesmo que ocorre com um trem quando a locomotiva é freada de modo brusco. O vagão imediatamente seguinte a esta recebe o choque e é projetado em direção oposta ao rumo que vinha seguindo. E, por sua vez, esse primeiro vagão comunica o choque, com análogo efeito, ao segundo vagão. E assim por diante até o fim do comboio.

 -- A presente acentuação da alergia anti-socialista será apenas a primeira manifestação de um fenômeno profundo, chamado a depauperar duravelmente o processo revolucionário? Ou será um simples espasmo ambíguo e passageiro do bom senso, dentro do caos contemporâneo? -- É o que os fatos até aqui ocorridos não nos permitem ainda dizer.»).

expressivos sintomas de que o exemplo desses paísescomeçou a repercutir naquelas duas grandes nações católicas e latinas da Europa Ocidental, prejudicando assim os progressos comunistas.

Mas, a nosso ver, é preciso sobretudo pôr em dúvida a autenticidade comunista das crescentes votações obtidas pelo PC italiano ou pelo PS francês (e falamos do PS, já que o PC francês se acha estagnado).

Quer um quer outro partido (PSF e PCI) está longe de se ter beneficiado apenas do voto de seu próprio eleitorado. Apoios católicos certamente consideráveis -- e cuja amplitude real só a História revelará um dia em toda a extensão -- têm criado, em torno do PC italiano, ilusões, fraquezas, atonias e cumplicidades inteiramente excepcionais. A projeção eleitoral dessas circunstâncias espantosas e artificiais explica, em larga medida, o crescimento do número de votantes pró-PC, muitos dos quais não são de nenhum modo eleitores comunistas. E cumpre não esquecer, na mesma ordem de fatos, a influência na votação, direta ou indireta, de certos Cresos, cuja atitude francamente colaboracionista em relação ao comunismo ocasião a manobras eleitorais das quais a “III Revoluçãotira óbvio proveito. Análogas observações podem ser feitas em relação ao PS francês.




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