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Plinio Corrêa de Oliveira
Revolução e Contra-Revolução

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A. O Concílio Vaticano II

Dentro da perspectiva de “Revolução e Contra-Revolução”, o êxito dos êxitos alcançado pelo comunismo pós-staliniano sorridente foi o silêncio enigmático, desconcertante, espantoso e apocalipticamente trágico do Concílio Vaticano II a respeito do comunismo.

Este Concílio se quis pastoral e não dogmático. Alcance dogmático ele realmente não o teve. Além disto, sua omissão sobre o comunismo pode fazê-lo passar para a História como o Concílio a-pastoral.

Explicamos o sentido especial em que tomamos esta afirmação.

Figure-se o leitor um imenso rebanho enlanguescendo em campos pobres e áridos, atacado de todas as partes por enxames de abelhas, vespas, aves de rapina.

Os pastores se põem a regar a pradaria e a afastar os enxames. -- Esta atividade pode ser qualificada de pastoral? -- Em tese, por certo. Porém, na hipótese de que, ao mesmo tempo, o rebanho estivesse sendo atacado por matilhas de lobos vorazes, muitos deles com peles de ovelha, e os pastores se omitissem completamente de desmascarar ou de afugentar os lobos, enquanto lutavam contra insetos e aves, sua obra poderia ser considerada pastoral, ou seja, própria de bons e fiéis pastores?

Em outros termos, atuaram como verdadeiros Pastores aqueles que, no Concílio Vaticano II, quiseram espantar os adversáriosminores”, e impuseram livre curso -- pelo silêncio -- a favor do adversáriomaior”?

Com táticasaggiornate” -- das quais, aliás, o mínimo que se pode dizer é que são contestáveis no plano teórico e se vêm mostrando ruinosas na prática -- o Concílio Vaticano II tentou afugentar, digamos, abelhas, vespas e aves de rapina. Seu silêncio sobre o comunismo deixou aos lobos toda a liberdade. A obra desse Concílio não pode estar inscrita, enquanto efetivamente pastoral, nem na História, nem no Livro da Vida.

É penoso dizê-lo. Mas a evidência dos fatos aponta, neste sentido, o “Concílio Vaticano II” como uma das maiores calamidades, se não a maior, da História da IgrejaFN1) Cfr. “Sermão” de Paulo VI, de 29/6/1972.»). A partir dele penetrou na Igreja, em proporções impensáveis, a “"fumaça de Satanás"“, que se vai dilatando dia a dia mais, com a terrível força de expansão dos gases. Para escândalo de incontáveis almas, o Corpo Místico de Cristo entrou no sinistro processo da como que autodemolição *.

 

 

A História narra os inúmeros dramas que a Igreja vem sofrendo nos vinte séculos de sua existência. Oposições que germinaram fora dela, e de fora mesmo tentaram destruí-la. Tumores formados dentro dela, por ela cortados, e que já então de fora para dentro tentaram destruí-la com ferocidade.

-- Quando, porém, viu a História, antes de nossos dias, uma tentativa de demolição da Igreja, já não mais feita por um adversário, mas qualificada de “"autodemolição"“ em altíssimo pronunciamento de repercussão mundial? («FN1) Cfr. “Alocução” de Paulo VI ao Seminário Lombardo, em 7/12/1968.»)

Daí resultou para a Igreja e para o que ainda resta de civilização cristã, uma imensa derrocada. A “Ostpolitikvaticana, por exemplo, e a infiltração gigantesca do comunismo nos meios católicos, são efeitos de todas estas calamidades. E constituem outros tantos êxitos da ofensiva psicológica da “III Revolução” contra a Igreja *.

 

 




* Em destaque nas páginas seguintes, comentário acrescentado pelo Autor em 1992.



* Em destaque nas páginas seguintes, comentário acrescentado pelo Autor em 1992.






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