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Plinio Corrêa de Oliveira Revolução e Contra-Revolução IntraText CT - Texto |
C. Reações baseadas em "Revolução e Contra-Revolução"
À vista de tantas transformações, a eficácia de “Revolução e Contra-Revolução” ficou anulada? -- Pelo contrário.
Em 1968, as TFPs até então existentes na América do Sul, inspiradas na Parte II deste ensaio -- “"A Contra-Revolução"“ -- organizaram um conjunto de abaixo-assinados a Paulo VI, pedindo providências contra a infiltração esquerdista no Clero e no laicato católico da América do Sul.
No seu total, esses abaixo-assinados alcançaram durante o período de 58 dias, no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, 2.060.368 assinaturas. Foi, até aqui, ao que nos conste, o único abaixo-assinado de massa que -- sobre qualquer tema -- tenha englobado filhos de quatro nações da América do Sul. E em cada um dos países nos quais ele se realizou, foi -- também ao que nos conste -- o maior abaixo-assinado da respectiva história («FN1) NOTA DO EDITOR:” Posteriormente, em 1990, as TFPs dos vários países, reunidas, levaram a cabo o maior abaixo-assinado da História, pela libertação da Lituânia, então sob jugo soviético, obtendo a impressionante cifra de 5.212.580 assinaturas.»). A resposta de Paulo VI não foi apenas o silêncio e a inação. Foi também -- quanto nos dói dizê-lo -- um conjunto de atos cujo efeito perdura até hoje, os quais dotam de prestígio e de facilidade de ação a muitos propulsores do esquerdismo católico.
Diante desta maré montante da infiltração comunista na Santa Igreja, as TFPs e entidades afins não desanimaram. E, em 1974, cada uma delas publicou uma declaração («FN1) NOTA DO EDITOR:” Sob o título “"A política de distensão do Vaticano com os governos comunistas -- Para a TFP: omitir-se? ou resistir?"“, essa declaração -- verdadeiro manifesto -- foi publicada a partir de abril de 1974, sucessivamente em 57 jornais de onze países.») na qual exprimiam a sua inconformidade com a “Ostpolitik” vaticana e seu propósito de “"resistir-lhe em face"“ («FN1) Gal. 2, 11.»). Uma frase da declaração, relativa a Paulo VI, exprime o espírito do documento: “"E de joelhos, fitando com veneração a figura de S.S. o Papa Paulo VI, nós lhe manifestamos toda a nossa fidelidade. Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe".”
Não satisfeitas com esses lances, as TFPs e entidades afins promoveram nos respectivos países, no decurso deste ano, nove edições do “best-seller” da TFP andina, “A Igreja do Silêncio no Chile -- A TFP proclama a verdade inteira” («FN1) Esta obra, monumental por sua documentação, por sua argumentação e pelas teses que defende, teve uma precursora, e verdadeiramente épica, antes ainda da instalação do comunismo no Chile.
Trata-se do livro de Fábio Vidigal Xavier da Silveira, “Frei, o Kerensky chileno”, que denunciou a colaboração decisiva do Partido Democrata Cristão do país andino, e do falecido líder pedecista Eduardo Frei, então Presidente da República, na preparação da vitória marxista.
O livro teve dezessete edições, transpondo a casa dos cem mil exemplares, nos seguintes países: Brasil, Argentina, Equador, Colômbia, Venezuela e Itália.»).
Em quase todos esses países, a respectiva edição foi precedida de um prólogo descrevendo múltiplos e impressionantes fatos locais consoantes com o que ocorrera no Chile.
A acolhida desse grande esforço publicitário pode-se dizer vitoriosa: ao todo foram impressos 56 mil exemplares, só na América do Sul, onde, nos países mais populosos, a edição de um livro dessa natureza, quando boa, costuma consistir em cinco mil exemplares.
Na Espanha, foi efetuado um impressionante abaixo-assinado de mais de mil sacerdotes seculares e regulares de todas as regiões do país manifestando à Sociedade Cultural Covadonga («FN1) NOTA DO EDITOR:” Hoje se denomina Sociedad Española de Defensa de la Tradición, Familia y Propiedad -- TFP Covadonga.») seu decidido apoio ao corajoso prólogo da edição espanhola.