3. No exercício e
aprofundamento teórico do diálogo entre a fé cristã e as demais tradições
religiosas surgem novos problemas, que se tenta solucionar, seguindo novas
pistas de investigação, adiantando propostas e sugerindo comportamentos, que
carecem de um cuidadoso discernimento. Neste esforço, a presente Declaração
entende recordar aos Bispos, aos teólogos e a todos os fiéis católicos alguns
conteúdos doutrinais imprescindíveis, que podem ajudar a reflexão teológica a
amadurecer soluções de acordo com o dado da fé e em correspondência com as
urgências culturais do nosso tempo.
A linguagem expositiva da Declaração está em linha com a sua finalidade.
Não se pretende tratar de forma orgânica a problemática da unicidade e
universalidade salvífica do mistério de Jesus Cristo e da Igreja, nem
apresentar soluções aos problemas e questões teológicos que são objecto de
livre debate, mas voltar a expor a doutrina da fé católica em propósito,
indicando, ao mesmo tempo, alguns problemas fundamentais que se mantêm abertos
a ulteriores aprofundamentos, e confutar algumas posições erróneas ou ambíguas.
É por isso que a Declaração retoma a doutrina contida nos anteriores documentos
do Magistério, para reafirmar as verdades que constituem o património de fé da
Igreja.
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