14. Deve,
portanto, crer-se firmemente como
verdade de fé católica que a vontade salvífica universal de Deus Uno e Trino é
oferecida e realizada de uma vez para sempre no mistério da encarnação, morte e
ressurreição do Filho de Deus.
Tendo presente este dado de fé, a teologia hoje, meditando na presença de
outras experiências religiosas e no seu significado no plano salvífico de Deus,
é convidada a explorar se e como também figuras e elementos positivos de outras
religiões reentram no plano divino de salvação. Neste empenho de reflexão abre-se à investigação teológica um vasto
campo de trabalho sob a guia do Magistério da Igreja. O Concílio Vaticano II,
de facto, afirmou que « a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita
nas criaturas uma cooperação múltipla, que é participação na fonte única
».(43) Há que aprofundar o conteúdo desta mediação participada, que
deve ser todavia regulada pelo princípio da única mediação de Cristo: « Se não
se excluem mediações participadas de diverso tipo e ordem, todavia elas recebem
significado e valor unicamente da de
Cristo, e não podem ser entendidas como paralelas ou complementares desta
».(44) Seriam, invés, contrárias à fé cristã e católica as propostas de
solução que apresentam uma acção salvífica de Deus fora da única mediação de
Cristo.
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