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Congregação para a doutrina da fé Dominus Iesus IntraText CT - Texto |
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7. A melhor resposta à revelação de Deus é a « obediência da fé (Rom 1,5; cf. Rom 16,26; 2 Cor 10,5-6), com a qual o homem se entrega livre e totalmente a Deus, oferecendo a Deus “revelador a submissão plena da inteligência e da vontade” e dando voluntariamente assentimento à revelação feita por Ele ».(15) A fé é um dom da graça: « Porque para professar esta fé, é necessária a graça de Deus que previne e ajuda, e os outros auxílios internos do Espírito Santo, o qual mova e converta para Deus os corações, abra os olhos da alma, e dê “a todos a suavidade no aderir e dar crédito à verdade” ».(16) A obediência da fé comporta a aceitação da verdade da revelação de Cristo, garantida por Deus, que é a própria Verdade: (17) « A fé é, antes de mais, uma adesão pessoal do homem a Deus; ao mesmo tempo e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou ».(18) A fé, portanto, « dom de Deus » e « virtude sobrenatural por Ele infundida »,(19) comporta uma dupla adesão: a Deus, que revela, e à verdade revelada por Ele, pela confiança que se tem na pessoa que o afirma. Por isso « não se deve acreditar em mais ninguém, a não ser em Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo ».(20) Deve, portanto, manter-se firmemente a distinção entre a fé teologal e a crença nas outras religiões. Se fé é aceitar na graça a verdade revelada, « que permite penetrar no seio do mistério, favorecendo a sua inteligência coerente »,(21) a crença nas outras religiões é o conjunto de experiência e pensamento, que constitui os tesouros humanos de sabedoria e de religiosidade, que o homem na sua procura da verdade ideou e pôs em prática em referência ao Divino e ao Absoluto. (22) Nem sempre se tem presente essa distinção na reflexão hodierna, sendo frequente identificar a fé teologal, que é aceitação da verdade revelada por Deus Uno e Trino, com crença nas outras religiões, que é experiência religiosa ainda à procura da verdade absoluta e ainda carecida do assentimento a Deus que Se revela. Essa é uma das razões porque se tende reduzir, e por vezes até anular, as diferenças entre o cristianismo e as outras religiões.
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15 Ibid., n. 5. 16 Ibid. 17 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 144. 18 Ibid., n. 150. 19 Ibid., n. 153. 20 Ibid., n. 178. 21 João Paulo II, Carta Enc. Fides et ratio, n. 13. 22 Cf. ibid., nn. 31-32. |
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