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Congregação para a doutrina da fé Dominus Iesus IntraText CT - Texto |
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15. Não é raro que se proponha evitar na teologia termos como « unicidade », « universalidade », « absoluto », cujo uso daria a impressão de se dar uma ênfase excessiva ao significado e valor do evento salvífico de Jesus Cristo em relação às demais religiões. Ora, essa linguagem não faz mais que exprimir a fidelidade ao dado revelado, uma vez que constitui uma evolução das próprias fontes da fé. Desde o início, efectivamente, a comunidade dos crentes atribuiu a Jesus um valor salvífico de tal ordem, que apenas Ele, como Filho de Deus feito homem, crucificado e ressuscitado, por missão recebida do Pai e no poder do Espírito Santo, tem por finalidade dar a revelação (cf. Mt 11,27) e a vida divina (cf. Jo 1,12; 5,25-26; 17,2) à humanidade inteira e a cada homem. Neste sentido, pode e deve dizer-se que Jesus Cristo tem para o género humano e para a sua história um significado e um valor singulares e únicos, só a Ele próprios, exclusivos, universais, absolutos. Jesus é, de facto, o Verbo de Deus feito homem para a salvação de todos. Recebendo esta consciência de fé, o Concílio Vaticano II ensina: « O Verbo de Deus, por quem todas as coisas foram feitas, encarnou, a fim de, como homem perfeito, salvar a todos e recapitular todas as coisas. O Senhor é o fim da história humana, “o ponto para o qual tendem os desejos da história e da civilização”, o centro da humanidade, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações. É aquele a quem o Pai ressuscitou dos mortos, exaltou e colocou à sua direita, constituindo-O juiz dos vivos e dos mortos ».(45) « Precisamente esta singularidade única de Cristo é que Lhe confere um significado absoluto e universal, pelo qual, enquanto está na História, é o centro e o fim desta mesma História: “Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap 22,13) ».(46)
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45 Conc. Vaticano II, Const. past. Gaudium et spes, n. 45. A necessária e absoluta singularidade e universalidade de Cristo na história humana é bem expressa por S. Ireneu quando contempla a proeminência de Jesus como Primogénito: « Nos céus, como primogénito do pensamento do Pai, o Verbo perfeito conduz pessoalmente todas as coisas e legisla; sobre a terra, como primogénito da Virgem, homem justo e santo, servo de Deus, bom e agradável a Deus, perfeito em tudo; enfim, salvando dos infernos todos os que o seguem, como primogénito dos mortos, é cabeça e fonte da vida de Deus » (Demonstratio, 39: SC 406, 138). 46 João Paulo II, Carta Enc. Redemptoris missio, n. 6. |
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