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Congregação para a doutrina da fé
Dominus Iesus

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17.  Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele.(58) As Igrejas que, embora não estando em perfeita comunhão com a Igreja Católica, se mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a sucessão apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas particulares.(59) Por isso, também nestas Igrejas está presente e actua a Igreja de Cristo, embora lhes falte a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto não aceitam a doutrina católica do Primado que, por vontade de Deus, o Bispo de Roma objectivamente tem e exerce sobre toda a Igreja.(60)

As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico,(61) não são Igrejas em sentido próprio. Os que, porém, foram baptizados nestas Comunidades estão pelo Baptismo incorporados em Cristo e, portanto, vivem numa certa comunhão, se bem que imperfeita, com a Igreja.(62) O Baptismo, efectivamente, tende por si ao completo desenvolvimento da vida em Cristo, através da íntegra profissão de fé, da Eucaristia e da plena comunhão na Igreja.(63)

« Os fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cristo como se fosse a soma — diferenciada e, de certo modo, também unitária — das Igrejas e Comunidades eclesiais; nem lhes é permitido pensar que a Igreja de Cristo hoje já não exista em parte alguma, tornando-se, assim, um mero objecto de procura por parte de todas as Igrejas e Comunidades ».(64) « Os elementos desta Igreja já realizada existem, reunidos na sua plenitude, na Igreja Católica e, sem essa plenitude, nas demais Comunidades ».(65) « Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso no mistério da salvação ou sejam vazias de significado, já que o Espírito Se não recusa a servir-Se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica ».(66)

A falta de unidade entre os cristãos é certamente uma ferida para a Igreja; não no sentido de estar privada da sua unidade, mas « porque a divisão é um obstáculo à plena realização da sua universalidade na história ».(67)

 




58 Cf. Congr. Para a Doutrina da Fé, Decl. Mysterium ecclesiae, n. 1: AAS 65 (1973) 396-408.



59 Cf. Conc. Vaticano II, Decr. Unitatis redintegratio, nn. 14 e 15; Congr. para a Doutrina da Fé, Carta Communionis notio, n. 17: AAS 85 (1993) 838-850.



60 Cf. Conc. Vaticano I, Const. dogm. Pastor aeternus: Denz., n. 3053-3064; Conc. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 22.



61 Cf. Conc. Vaticano II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 22.



62 Cf. ibid., n. 3.



63 Cf. ibid., n. 22.



64 Congr. para a Doutrina da Fé, Decl. Mysterium ecclesiae, n. 1.



65 João Paulo II, Carta Enc. Ut unum sint, n. 14.



66 Conc. Vaticano II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 3.



67 Congr. para a Doutrina da Fé, Carta Communionis notio, n. 17. Cf. Conc. Vaticano II, Decr. Unitatis redintegratio, n. 4.






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