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Capítulo, Parágrafo cinza = comentário
1 Int, 3 | De entre eles sobressai a filosofia, cujo contributo específico
2 Int, 3 | nobres da humanidade. O termo filosofia significa, segundo a etimologia
3 Int, 3 | sabedoria ». Efectivamente a filosofia nasceu e começou a desenvolver-se
4 Int, 3 | grande incidência que a filosofia teve na formação e desenvolvimento
5 Int, 4 | encontrássemos perante uma filosofia implícita, em virtude da
6 Int, 5 | Na verdade, ela vê, na filosofia, o caminho para conhecer
7 Int, 5 | mesmo tempo, considera a filosofia uma ajuda indispensável
8 Int, 5 | muitas vezes ofuscada. A filosofia moderna possui, sem dúvida,
9 Int, 5 | atingir a verdade do ser. A filosofia moderna, esquecendo-se de
10 Int, 5 | esperança de se poder receber da filosofia respostas definitivas a
11 Int, 6 | cognoscitivas e oferecer à filosofia um estímulo para poder recuperar
12 Int, 6 | que merece ser vivido. A filosofia, que tem a grande responsabilidade
13 1, 9 | com a luz do intelecto. A filosofia e as ciências situam-se
14 1, 14 | obrigatoriamente fazem referência a filosofia e a teologia: Santo Anselmo.
15 1, 15 | objecto de estudo quer da filosofia, quer da teologia. Embora
16 2, 19 | Retomando o pensamento da filosofia grega, à qual parece referir-se
17 2, 23 | relação do cristão com a filosofia requer um discernimento
18 2, 23 | nodal, que desafia qualquer filosofia, é a morte de Jesus Cristo
19 2, 23 | terá, se ela se render! A filosofia, que por si mesma já é capaz
20 2, 23 | A relação entre a fé e a filosofia encontra, na pregação de
21 3, 24 | procura. Mas foi sobretudo a filosofia que, de modo peculiar, recolheu
22 3, 27 | procura formular a sua « filosofia »: trata-se de convicções
23 3, 30 | as suas raízes também na filosofia; estão contidas nas respostas
24 3, 30 | ter em conta outro dado da filosofia.~ ~
25 3, 35 | entre a verdade revelada e a filosofia. Tal relação requer uma
26 3, 35 | relações entre a fé e a filosofia ao longo da história, donde
27 4, 36 | investigação do homem. Os pais da filosofia tiveram por missão mostrar
28 4, 37 | aproximação dos cristãos à filosofia, é obrigatório recordar
29 4, 37 | por exemplo, a gnose. A filosofia, enquanto sabedoria prática
30 4, 38 | encontro do cristianismo com a filosofia não foi fácil nem imediato.
31 4, 38 | que continuava a ter pela filosofia grega depois da sua conversão,
32 4, 38 | cristianismo, « a única filosofia segura e vantajosa ». 32
33 4, 38 | Evangelho « a verdadeira filosofia », 33 e, em analogia com
34 4, 38 | com a lei mosaica, via a filosofia como uma instrução propedêutica
35 4, 38 | Evangelho. 35 Uma vez que « a filosofia anela por aquela sabedoria
36 4, 38 | pensador alexandrino, a filosofia grega não tem como primeiro
37 4, 38 | e a sabedoria de Deus. A filosofia grega não torna mais forte
38 4, 39 | filósofo Celso, ele recorre à filosofia platónica para argumentar
39 4, 39 | ligadas à sua origem grega. Na filosofia aristotélica, por exemplo,
40 4, 39 | desenvolver-se, servia-se da filosofia, mas ao mesmo tempo tendia
41 4, 41 | da relação entre a fé e a filosofia, vendo-o globalmente, tanto
42 4, 43 | descobrir os tesouros da filosofia antiga, e mais directamente
43 4, 43 | e mais directamente da filosofia aristotélica, ele teve o
44 4, 43 | natureza, objecto próprio da filosofia, pode contribuir para a
45 4, 43 | contaminação do cristianismo pela filosofia profana, mas tão pouco defende
46 4, 43 | pioneiro no novo caminho da filosofia e da cultura universal.
47 4, 44 | sua objectividade. A sua filosofia é verdadeiramente uma filosofia
48 4, 44 | filosofia é verdadeiramente uma filosofia do ser, e não do simples
49 4, 45 | ligação orgânica entre a filosofia e a teologia, foram os primeiros
50 4, 45 | primeiros a reconhecer à filosofia e às ciências a autonomia
51 4, 45 | chegando-se, de facto, a uma filosofia separada e absolutamente
52 4, 46 | apareceu o niilismo. Enquanto filosofia do nada, consegue exercer
53 4, 47 | alterada a própria função da filosofia. De sabedoria e saber universal
54 4, 48 | última parte da história da filosofia é a constatação duma progressiva
55 4, 48 | incisivo para que a fé e a filosofia recuperem aquela unidade
56 5, 49 | A Igreja não propõe uma filosofia própria, nem canoniza uma
57 5, 49 | reserva está no facto de que a filosofia, mesmo quando entra em relação
58 5, 49 | controlável. Pouca ajuda daria uma filosofia que não agisse à luz da
59 5, 49 | autonomia de que goza a filosofia, há que individuá-la no
60 5, 49 | necessários para a alcançar. Uma filosofia, ciente deste seu « estatuto
61 5, 50 | vista da fé, se impõem à filosofia. Além disso, no desenvolvimento
62 5, 51 | nenhuma forma histórica da filosofia pode, legitimamente, ter
63 5, 52 | o dever de contrapor uma filosofia própria às várias correntes
64 5, 54 | teve a rejeição católica da filosofia marxista e do comunismo
65 5, 55 | metafísica »: querem que a filosofia se contente com tarefas
66 5, 55 | e ainda no desprezo pela filosofia clássica, de cujas noções
67 5, 56 | vida que tradicionalmente a filosofia procurava. Mas nem por isso
68 5 | Solicitude da Igreja pela filosofia~ ~
69 5, 57 | esse nível, inteiramente à filosofia. O grande Pontífice retomou
70 5, 57 | ao valor incomparável da filosofia de S. Tomás. A reposição
71 5, 57 | para se recuperar um uso da filosofia conforme às exigências da
72 5, 58 | filhos de tal renovação da filosofia tomista. E assim a Igreja
73 5, 59 | quem tivesse elaborado uma filosofia que, partindo da análise
74 5, 60 | e fecunda a propósito da filosofia. Não posso esquecer, sobretudo
75 5, 60 | inspiração também para a filosofia. Naquelas páginas, trata-se
76 5, 60 | ocupou-se também do estudo da filosofia, ao qual se devem dedicar
77 5, 60(84)| algumas reflexões sobre a filosofia de S. Tomás: Discurso na
78 5, 61 | sentida não apenas pela filosofia escolástica, mas pelo estudo
79 5, 61 | escolástica, mas pelo estudo da filosofia em geral. Com surpresa e
80 5, 61 | desinteresse pelo estudo da filosofia.~Na base desta indiferença,
81 5, 61 | manifesta em grande parte da filosofia contemporânea, abandonando
82 5, 61 | autorização para marginalizar a filosofia, pondo-a de parte na formação
83 5, 62 | novamente que o estudo da filosofia reveste um carácter fundamental
84 5, 62 | consagrado ao estudo da filosofia. Esta decisão, confirmada
85 5, 62 | boa parte do progresso da filosofia moderna. Temos um exemplo
86 5, 62 | indiscriminada de qualquer filosofia.~Nutro profunda esperança
87 5, 63 | interesse que a Igreja tem pela filosofia; ou melhor, a ligação íntima
88 5, 63 | eficaz entre a teologia e a filosofia. À luz deles, será possível
89 6 | INTERACÇÃO DA TEOLOGIA COM A FILOSOFIA~ ~
90 6, 65 | correcto auditus fidei, a filosofia proporciona à teologia a
91 6, 65 | importante é a contribuição da filosofia para uma compreensão mais
92 6, 66 | facto, sem o contributo da filosofia não seria possível ilustrar
93 6, 66 | pressupõe e implica uma filosofia do homem, do mundo e, mais
94 6, 69 | o teólogo, mais do que à filosofia, deveria recorrer à ajuda
95 6, 69 | tradicionais, em vez de uma filosofia de origem grega e eurocêntrica.
96 6, 69 | verdade pode servir de ajuda à filosofia.~ ~
97 6, 72 | primeiro lugar no seu caminho a filosofia grega, não constitui de
98 6, 73 | instaurar entre a teologia e a filosofia há-de ser pautada por uma
99 6, 73 | Palavra de Deus enriquece a filosofia, porque a razão descobre
100 6, 74 | lado dos grandes mestres da filosofia antiga. Isto é válido tanto
101 6, 74 | Aquino. A relação entre a filosofia e a palavra de Deus manifesta-se
102 6 | Diferentes estádios da filosofia~ ~
103 6, 75 | relações entre a fé e a filosofia, apontada acima brevemente,
104 6, 75 | distinguir-se diversos estádios da filosofia relativamente à fé cristã.
105 6, 75 | fé cristã. O primeiro é a filosofia totalmente independente
106 6, 75 | evangélica: é o estádio da filosofia, existente historicamente
107 6, 75 | chegou. Nesta situação, a filosofia apresenta a legítima aspiração
108 6, 75 | nitidamente a teoria da chamada filosofia « separada », sustentada
109 6, 75 | danificando precisamente a filosofia.~ ~
110 6, 76 | 76. Um segundo estádio da filosofia é aquilo que muitos designam
111 6, 76 | designam com a expressão filosofia cristã. A denominação, em
112 6, 76 | se pretende aludir a uma filosofia oficial da Igreja, já que
113 6, 76 | fé enquanto tal não é uma filosofia. Com aquela designação,
114 6, 76 | refere simplesmente a uma filosofia elaborada por filósofos
115 6, 76 | a fé. Quando se fala de filosofia cristã, pretende-se abraçar
116 6, 76 | da fé cristã.~Assim, a filosofia cristã contém dois aspectos:
117 6, 76 | modo particular, para a filosofia do ser. Pertence ao mesmo
118 6, 76 | luz da fé, e que ajuda a filosofia a enquadrar adequadamente
119 6, 76 | importância que tem, também para a filosofia, o acontecimento histórico,
120 6, 76 | aquele se tornou perne de uma filosofia da história, que se apresenta
121 6, 76 | elementos objectivos da filosofia cristã, inclui-se também
122 6, 76 | palavra de Deus, boa parte da filosofia moderna e contemporânea
123 6, 77 | estádio significativo da filosofia verifica-se quando é a própria
124 6, 77 | teologia que chama em causa a filosofia. Na verdade, a teologia
125 6, 77 | disso, a teologia precisa da filosofia como interlocutora, para
126 6, 77 | valor da autonomia que a filosofia conserva mesmo neste terceiro
127 6, 77 | indispensável e nobre que a filosofia foi chamada, desde a Idade
128 6, 77 | papel puramente funcional da filosofia relativamente à teologia;
129 6, 77 | experimentais como « servas » da « filosofia primeira ». A expressão,
130 6, 77 | se recusasse a utilizar a filosofia, arriscar-se-ia a fazer
131 6, 77 | arriscar-se-ia a fazer filosofia sem o saber e a fechar-se
132 6, 77 | garantidos.~O estádio da filosofia agora considerado, devido
133 6, 77 | determinadas exigências que a filosofia deve respeitar, quando entra
134 6, 79 | para que seja elaborada uma filosofia de harmonia com a palavra
135 6, 79 | a palavra de Deus. Esta filosofia será o terreno de encontro
136 7, 80 | convicção fundamental desta « filosofia » presente na Bíblia é que
137 7, 80 | criado, e mesmo de Deus. A filosofia encontra, neste mistério,
138 7, 81 | sentido da existência, uma filosofia incorreria no grave perigo
139 7, 81 | ocorre, antes de mais, que a filosofia volte a encontrar a sua
140 7, 81 | estímulo utilíssimo para a filosofia se conformar com a sua própria
141 7, 81 | Por isso, ela convida a filosofia a empenhar-se na busca do
142 7, 81 | constitutiva de cada pessoa. Uma filosofia que quisesse negar a possibilidade
143 7, 82 | ser desempenhado por uma filosofia que não fosse, ela própria,
144 7, 82 | realidade inteligível ». 100~Uma filosofia, radicalmente fenomenista
145 7, 82 | necessidade do auxílio duma filosofia que não renegue a possibilidade
146 7, 83 | uma terceira: ocorre uma filosofia de alcance autenticamente
147 7, 83 | actualmente grandes sectores da filosofia e, desta forma, corrigir
148 7, 85 | postas pela palavra de Deus à filosofia. Por isso mesmo, retomando
149 7, 85 | tradição perene daquela filosofia que, pela sua real sabedoria,
150 7, 87 | estabelecer a verdade duma filosofia com base na sua adequação
151 7, 88 | outros grandes problemas da filosofia que, quando não passam simplesmente
152 7, 91 | completo da situação actual da filosofia: aliás, esta dificilmente
153 7, 91 | Basta citar a lógica, a filosofia da linguagem, a epistemologia,
154 7, 91 | linguagem, a epistemologia, a filosofia da natureza, a antropologia,
155 7, 92 | teologia, interpela também a filosofia. De facto, a quantidade
156 7, 92 | tanto a teologia como a filosofia.~O facto de acreditar na
157 7, 93 | encontrada sem o contributo da filosofia.~ ~
158 7, 96 | Se assim não fosse, a filosofia e as ciências não poderiam
159 7, 97 | requer o contributo duma filosofia do ser que, antes de mais,
160 7, 97 | teológica, tem de recorrer à filosofia do ser. Esta deverá ser
161 7, 97 | tradição metafísica cristã, a filosofia do ser é uma filosofia dinâmica
162 7, 97 | a filosofia do ser é uma filosofia dinâmica que vê a realidade
163 7, 98 | moral. A recuperação da filosofia é urgente também para a
164 Conc, 100 | da relação entre a fé e a filosofia. É óbvia a importância que
165 Conc, 100 | sublinhar o valor que a filosofia tem para a compreensão da
166 Conc, 101 | humanidade, do encontro da filosofia com a teologia e do intercâmbio
167 Conc, 101 | alguma, uma vantagem para a filosofia, que, assim, viu abrirem-se
168 Conc, 101 | sua genuína relação com a filosofia, da mesma forma sinto a
169 Conc, 101 | pensamento que também a filosofia recupere a sua relação com
170 Conc, 102 | Graças à mediação de uma filosofia que se tornou também verdadeira
171 Conc, 103 | 103. Além disso, a filosofia é como que o espelho onde
172 Conc, 103 | a cultura dos povos. Uma filosofia que se desenvolve de harmonia
173 Conc, 104 | a perseguem ». 126 Uma filosofia, na qual já resplandeça
174 Conc, 105 | destinado ao ensino da filosofia nos Seminários e nas Faculdades
175 Conc, 106 | filósofos e a quantos ensinam a filosofia, para que, na esteira duma
176 Conc, 106 | crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos
177 Conc, 108 | Virgem Maria e a vocação da filosofia genuína. Como a Virgem foi
178 Conc, 108 | fazer-Se um de nós, também a filosofia é chamada a dar o seu contributo
179 Conc, 108 | imagem coerente da verdadeira filosofia, e estavam convencidos de