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Pontifícia Obra para as Vocações Eclesiásticas
Novas vocações para nova Europa

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  • SEGUNDA PARTE TEOLOGIA DA VOCAÇÃO « Há diversidades de dons, mas um só Espírito ... » (1 Cor 12,4)
    • Maria, mãe e modelo de toda vocação
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Maria, mãe e modelo de toda vocação

23. Existe uma criatura na qual o diálogo entre a liberdade de Deus e a liberdade do homem se de modo perfeito, de forma que as duas liberdades possam interagir, realizando plenamente o projeto vocacional; uma criatura que nos foi dada para que nela possamos contemplar um projeto vocacional perfeito, aquele que deveria realizar-se em cada um de nós.

É Maria, a imagem perfeita do sonho de Deus sobre a criatura! Na verdade, ela é criatura, como nós, pequeno fragmento em que Deus pôde derramar a plenitude do seu amor divino; esperança que nos foi dada, para que, vendo-a, nós também possamos acolher a Palavra, a fim de que se cumpra em nós.

Maria é a mulher em que a Trindade Santíssima pode manifestar plenamente a sua liberdade de escolha. Como diz São Bernardo, comentando a mensagem do anjo Gabriel, na anunciação: « Esta não é uma Virgem encontrada no último momento, nem por acaso, mas foi escolhida antes dos séculos; o Altíssimo a predestinou e a preparou para si ». (52) Faz-lhe eco Santo Agostinho: « Antes que o Verbo nascesse da Virgem, Ele já a havia predestinado como sua mãe ». (53)

Maria é a imagem da escolha divina de cada criatura, escolhida que é desde a eternidade e soberanamente livre, misteriosa e amante. Escolha que normalmente vai muito além do que a criatura pode pensar de si: que requer dela o impossível e só lhe pede uma coisa, a coragem de se entregar.

Mas a Virgem Maria é também o modelo da liberdade humana na resposta a essa escolha. Ela é o sinal daquilo que Deus pode fazer quando encontra uma criatura livre para acolher a sua proposta. Livre para dizer o seu « sim », livre para se encaminhar para a peregrinação da , que será também a peregrinação da sua vocação de mulher chamada a ser Mãe do Salvador e Mãe da Igreja. Essa longa viagem se completará aos pés da cruz, através de um « sim » ainda mais misterioso e doloroso que a tornará plenamente mãe; e ainda mais no cenáculo, onde gera e ainda hoje continua a gerar, com o Espírito, a Igreja e toda vocação.

Por fim, Maria é a imagem perfeitamente realizada da Mulher, perfeita síntese da genialidade feminina e da fantasia do Espírito, que nela encontra e escolhe a esposa, virgem mãe de Deus e do homem, filha do Altíssimo e mãe de todos os viventes. Nela, toda mulher encontra a sua vocação de virgem, de esposa, de mãe!




52) « In laudibus Virginis Matris », Homilia II, 4; Sancti Bernardi opera, IV, Romae, Editiones Cistercenses, 1966, p. 23.



53) « In Iohannis Evangelium Tractatus », VIII, 9: CCL 36, p. 87.






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