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Pontifícia Obra para as Vocações Eclesiásticas
Novas vocações para nova Europa

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  • QUARTA PARTE PEDAGOGIA DAS VOCAÇÕES « Não se nos abrasava o coração...? » (Lc 24,32)
    • Semear
      • d
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d) A menor de todas as sementes

Sem dúvida, hoje não é uma tarefa simples a do « semeador vocacional ». Pelos motivos que conhecemos: propriamente falando, não existe uma cultura vocacional; o modelo antropológico que prevalece parece ser o do « homem sem vocação »; o contexto social é eticamente neutro e falho de esperança e de modelos projetuais. Todos elementos que parecem concorrer para enfraquecer a proposta vocacional e, talvez, nos permitem aplicar a ela o que Jesus disse a propósito do reino de Deus (cf Mt 13,31 ss.): a semente da vocação é como o grãozinho de mostarda que, quando semeado, ou quando é proposto ou indicado como presente, é a menor de todas as sementes; não suscita muitas vezes nenhum consenso imediato; antes, é negado e desmentido, de certa forma sufocado por outras expectativas e projetos, como se fosse uma semente de infelicidade.

E então, o jovem rejeita, declara-se não interessado, já comprometeu o seu futuro (ou outros já o fizeram por ele); ou talvez lhe agradaria e lhe interessa, mas não tem muita certeza, e depois, é difícil demais e lhe causa medo... Nada de estranho e absurdo nessa reação temerosa e negativa; no fundo o Senhor já o havia dito. A semente da vocação é a menor de todas as sementes, é frágil e não se impõe, justamente por ser expressão da liberdade de Deus que entende respeitar totalmente a liberdade do homem.

Então é necessária também a liberdade de quem orienta o caminho do homem: uma liberdade de coração que permita continuar e não retroceder diante da recusa ou desinteresse inicial.

Jesus diz, na mesma parábola do grão de mostarda, que, « uma vez crescida é a maior de todas as hortaliças » (Mt 13, 32); portanto é uma semente que tem sua força, mesmo que não seja logo evidente e explosiva e, precisa de muito cuidado para maturar. Existe uma espécie de segredo elementar que faz parte da sabedoria camponesa: para garantir qualquer colheita na estação certa, é preciso cuidar de tudo, de tudo mesmo, do terreno à semente; ficar atento a tudo, daquilo que faz crescer a quanto pode impedir o crescimento. Inclusive contra as imponderáveis intempéries das estações. No campo vocacional acontece algo parecido. A semeadura é apenas o primeiro passo, mas deve ser seguido por outras atenções bem precisas, para que as duas liberdades entrem no mistério do diálogo vocacional.




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