CAPÍTULO V
Erros fundamentais
Jamais será suficiente acentuar estas noções, evitando as generalizações
perigosas, as expressões ambíguas, os ilogismos de toda espécie que tem
prejudicado tão profundamente a elucidação deste assunto. Com efeito, de tantos
fatores de confusão só podem sair desinteligências, atritos, incompatibilidades
que dividem os ânimos e tornam quase estéril qualquer esforço no sentido da
instauração do Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Note-se bem,
entretanto, que a paz é, segundo Santo Agostinho, a "tranqüilidade da
ordem". Se queremos paz, restauremos a ordem, e se queremos a ordem,
instauremos todas as coisas na Verdade. Não é calando, velando ou diluindo a
verdade, que chegaremos à paz. Proclamêmo-la inteira. Outro caminho não há para
que cheguemos à tão desejada e decorosa concórdia de todos os ânimos.
Se insistimos tão
longamente sobre nossa tese, de que o mandato da A. C. e a participação que ele
traz para os leigos no apostolado hierárquico da Igreja implicam única e
exclusivamente em uma colaboração com a Hierarquia, colaboração dócil, filial,
submissa, praticada sem qualquer espécie de pesar ou desagrado, tínhamos para
tanto motivos de uma importância capital. Com efeito, não nos alarmam somente
os erros doutrinários contidos nas teses que refutamos, mas ainda as
deplorabilíssimas ocorrências de ordem prática a que elas têm dado motivo ou
pretexto.
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