Desaparecerá com nosso aplauso uma de nossas mais
belas tradições?
Desde que ao
Sacerdote só caiba a função de censor, é óbvio que sua posição muda
radicalmente dentro do ambiente paroquial. Com efeito, até aqui os hábitos e
piedosas tradições de nosso povo têm reservado sempre ao Sacerdote uma situação
impar, em qualquer ambiente em que se encontre. Nas reuniões das associações
religiosas, nos atos da vida civil, e ainda mesmo nas solenidades de caráter
puramente temporal, em que ele se encontre por motivos inteiramente alheios ao
ministério sacerdotal, é o Padre colocado em lugar de inconfundível primazia.
Basta percorrer qualquer coleção de nossos jornais, não diremos apenas dos que
são católicos, mas de quaisquer outros, para ver, nas fotografias das várias
solenidades, até que ponto é isto real. O que nossos maiores perceberam, o que
se percebe hoje até em ambientes onde não sobrevivem senão vagas e raras
tradições religiosas, não o percebem certos doutrinadores modernizantes da A.
C., e um deles já nos causou o dissabor de elogiar, em termos rasgados, certo
país europeu, em que o sacerdote ocupa, no protocolo das solenidades da A. C.,
não mais o lugar central, mas o de obscuro e longínquo comparsa.
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