A
obra da Contra-Reforma
É óbvio que grande
número desses desvios doutrinários já tentaram, em séculos passados e
especialmente na Pseudo-Reforma, infiltrar-se na Igreja.
O esmagamento dessas
tentativas foi, por excelência, obra do Sagrado Concilio Tridentino, das
belíssimas correntes de espiritualidade nascidas na Contra Reforma, e dos
grandes Santos que elas produziram.
E, precisamente porque
tanto naquele Concilio, como na vida daqueles Santos e no esplendor daquelas
escolas espirituais, brilha particularmente nítida a doutrina da Santa Igreja
sobre estes erros, alguns membros da A. C., repudiam tudo quanto daquela
gloriosa época nos vem, sob pretexto de que as escolas espirituais daquele
tempo ficaram imbuídas do individualismo protestante a cujo contágio não se
souberam furtar inteiramente.
Desagradam-se também
das Missões Redentoristas e pregadas segundo o método de Santo Afonso, bem como
de muitas obras desse autor, particularmente quanto a certos capítulos de Moral
e Mariologia.
Ridicularizam as Ordens contemplativas, por viverem, dizem eles, uma vida
contemplativa mal orientada.
Levam a ridículo as obras místicas de S. João da Cruz, que chamam de
"truque".
Seu grande pretexto é que essas espiritualidades são eivadas não só de
individualismos mas ainda de "antropocentrismo", já que desviam de
Deus os olhos, para os fitar sobre as misérias humanas, e os combates da vida
interior. É o que, em outros termos,
chamam também "virtutocentrismo".
Afirmam, como
dissemos, que isto tudo constitui uma infiltração do individualismo protestante
e do humanismo renascentista na Igreja.
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