Deve-se procurar
libertar o homem da agrura da luta interior
Esta disposição gera
necessariamente a revolta, e daí a inconsiderada temeridade com que se atiram
contra tudo quanto o magistério da Igreja consagra como santo e venerável.
Fruto típico de nossa época, este erro ressuscita de certo modo a doutrina de
Miguel de Molinos pondo a seu serviço os métodos de combate e propaganda do
modernismo.
Tal defeito do homem
contemporâneo, notava-o claramente Pio XI quando do espirito de nossa época
disse: “O desejo desenfreado dos prazeres, enervando as forças da alma e
corrompendo os bons costumes, destrói pouco a pouco a consciência do dever. De
fato, não são senão por demais numerosos, hoje em dia, aqueles que, atraídos
pelos prazeres do mundo, nada abominam mais vivamente, nada evitam com maior
cuidado do que os sofrimentos que se apresentam, ou as aflições voluntárias da
alma ou do corpo, e se conduzem habitualmente, segundo a palavra do Apóstolo,
como os inimigos da Cruz de Cristo. Ora, ninguém pode obter a beatitude
eterna se não renuncia a si mesmo, se não carrega a sua cruz e não segue a
Jesus Cristo". (Pio XI – Carta "Magna Equidem" de 2 de Agosto de
1924).
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