a) – quanto a
várias devoções.
É grave erro pretender
que as associações erigidas para cultuar determinado Santo, como Nossa Senhora,
por exemplo, acarretem o risco de incutir uma visão fragmentária e tacanha da
piedade, obnubilando o caráter "cristocêntrico", que evidentemente
toda a vida espiritual deve ter. Por isso, a A. C. deveria ser muito menos
insistente, quanto ao culto dos Santos, do que outras associações.
De nada vale o
argumento de que, por vezes, em certas associações, a devoção ao Padroeiro
deixa na penumbra a figura adorável de Nosso Senhor. Todas as coisas, inclusive
as melhores, são passíveis de má interpretação ou abuso, não por causa de um
defeito intrínseco, mas em conseqüência de defeitos existentes em quem delas se
serve. Assim, ninguém por exemplo será contrário ao culto das imagens, só
porque os caipiras de certas zonas do interior as quebram, quando não atendidos
em suas preces. É evidente que a Santa Igreja, aprovando, abençoando e
recomendando a fundação de tais associações no Código de Direito Canônico, em
mil atos oficiais de seu magistério e governo, e ainda recentemente no Concilio
Plenário Brasileiro, previu abusos, a despeito do que não recuou em sua linha
de conduta, precisamente pelas razões que apontamos. Não nos demos ao
insuperável ridículo de pretender ser mais "cristocêntricos" do que a
Igreja, forma nova e infeliz de ser “mais católico do que o Papa”. Por este
diapasão, poderíamos acabar censurando Nosso Senhor Jesus Cristo, por haver
instituído a Sagrada Eucaristia, que iria ser objeto de tantos sacrilégios.
Ao contrário das
Irmandades, a A. C. não existe só ou principalmente para o culto do Padroeiro.
Mas isto não impede que a A. C. tenha Santos Padroeiros, aos quais podem e
devem seus membros tributar ardentíssima, pública e desassombrada devoção, sem
por isto confundir a A. C. com uma Irmandade.
Outras críticas,
freqüentemente desfechadas contra as associações, atingem propriamente seus
estatutos, e de modo particular certas prescrições, como por exemplo, a prática
de atos de piedade em comum e periódicos, etc.. Excluída qualquer coação, a
prática destes atos sempre foi louvada pela Igreja por motivos óbvios.
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