Massa ou elite?
Situa-se aí um
problema de importância verdadeiramente central. Será a A. C. um movimento de
massa ou de elite? Os Sumos Pontífices têm insistido com tanta freqüência sobre
a idéia de que a A. C. deve ser um movimento de elite, que ninguém ousa
contestá-los. Isso não obstante, opinam certos comentadores por uma solução
que, sem transgredir de frente as determinações pontifícias, contudo é
contrária a estas.
Pretende-se que a A.
C. deve ser um movimento simultaneamente de massa e de elite, isto é que, ao par
de elementos de escol, dever-se-iam admitir nela, como membros de compromisso
prestado, pessoas de uma formação muito pouco esmerada, que iria sendo
fermentada e transformada pela elite.
Para que melhor
percebamos o erro que se contém nessa concepção, aparentemente muito lógica,
devemos esclarecer bem os termos do problema. MASSA indica um grande número de
pessoas, e ao menos em tese, devemos admitir a possibilidade da existência de
elites tão vastas, que possam constituir uma multidão. Assim, pois, é certo que
a A. C. seria ideal se ela se compusesse de uma inumerável multidão de pessoas
verdadeiramente bem formadas, de elementos de escol dentro da Santa Igreja.
Neste sentido, de bom grado concedemos que a A. C. possa vir a ser de futuro,
ao mesmo tempo um movimento de massa e de elite. Mas neste sentido é bem de se
ver que a palavra “massa” deverá ser tomada em uma acepção bem menos ampla do
que geralmente possui.
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