As associações
auxiliares não devem desaparecer
Diga-se antes de tudo,
não ter qualquer fundamento a versão, segundo a qual as associações auxiliares
devem ser, de acordo com as intenções mais remotas e recônditas da Santa Sé,
finalmente dissolvidas. Segundo tal versão, a Santa Sé estaria matando a fogo
lento as associações auxiliares, sepultando-as debaixo de elogios, e dando à A.
C. uma primazia, que tenderia a desembaraçá-la, por fim, de suas “verdadeiras e
providenciais auxiliares”. Imaginá-lo implicaria em supor que a Santa Sé está
procedendo com uma duplicidade sem exemplo, cumulando de elogios falaciosos, em
documentos destinados ao conhecimento do mundo inteiro, entidades que, por uma
fraqueza afetiva, ou por qualquer outra razão, ela não tem coragem de ferir de
frente.
Assim, erram, e erram
certamente, os que em vez de considerar as associações religiosas, como
auxiliares, as consideram como trambolhos que devem, mais cedo ou mais tarde,
desaparecer inteiramente, e cuja morte deve ser apressada por uma campanha
metódica de difamação, de silêncio e desdém. Em sua carta "Com particular
complacência", de 31 de janeiro de 1942, ao Eminentíssimo Sr. Cardial
Arcebispo do Rio de Janeiro, o Santo Padre Pio XII refutou esta opinião com o
seguinte tópico referente às beneméritas Congregações Marianas: "Nossos
mais vivos desejos são que estas associações de piedade e apostolado cristão
cresçam cada dia mais, cada dia mais se robusteçam numa íntima e profunda vida
sobrenatural, cooperem cada dia mais com seu tradicional acatamento e humilde
submissão às normas e direção da Hierarquia, na dilatação do Reino de Deus, e
difundam cada vez mais abundantemente a vida cristã, nos indivíduos, nas
famílias e na sociedade". Como se vê, não se trata ai de um mero “desejo”,
mas de "seus mais vivos desejos".
|