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Plinio Corrêa de Oliveira
Em defesa da Ação Católica

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  • QUARTA PARTE   Atitudes da Ação Católica na expansão da doutrina da Igreja
    • CAPÍTULO II   A tática do "terreno comum"
      • Ressalva importante
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Ressalva importante

 

Não quer isto dizer evidentemente, que de modo invariável, deve ser rejeitada a colaboração de certos adversários contra outros mais terríveis. Se bem que a história nos demonstre a ineficácia deste processo em muitos casos, outros há – raros embora – em que ele é aconselhável. Assim, o Santo Padre Pio XI preconizou a cooperação de todos os homens crentes em Deus contra o comunismo. Mas tal cooperação deve ser levada a efeito com bom senso, sem entusiasmos exagerados e malsãos, e sobretudo sem estabelecer uma confusão entre o campo da verdade e o do erro sob pretexto de combater erros mais funestos. Com efeito, desde que os católicos adormeçam um pouco e aceitem fórmulas de cooperação mais ou menos ambíguas, decorrerá dai uma exploração, que seus aliados não tardarão a inaugurar, e que porá por terra todo o trabalho comum. Para que se veja que não erramos quando aventamos tais hipóteses, argumentemos com o mais moderno dos exemplos, isto é, uma grande heresia contemporânea, certamente mais importante para a Igreja do que são atualmente o protestantismo, o espiritismo, a igreja cismática, etc.. – Na Alemanha, sentiu muito bem o nazismo como lhe convinha o pretexto de frente única contra o comunismo; e o termo genérico de "crença em Deus", terreno comum entre nós e os nazistas, passou a encobrir as mais torpes mistificações, a tal ponto que se tornou necessário premunir os fiéis contra a ambigüidade de certos documentos nazistas. Damos aqui a tradução de um dos folhetos distribuídos nesse sentido pelo movimento católico alemão: – "Chegou a hora da decisão. A cada um se formulará a pergunta: crês em Deus ou professas a em Cristo e sua Igreja? Crer em Deus não tem na nova estatística das religiões o sentido de nosso primeiro artigo de ; hoje, crença em Deus significa exclusivamente crença em Deus como a professam os turcos e hotentotes, e significa ainda repúdio de Jesus Cristo e de sua Igreja. Quem pretender aceitar um tal Deus renegou a Cristo e se separou da Igreja Católica. Chegou a hora da decisão. Assim, pois, quando se vos perguntar individualmente se credes em Deus, terá chegado a hora de fazerdes profissão de sem rodeios, sem vacilações e sem meios termos: sou católico, não creio só em Deus, mas em Jesus Cristo e sua Igreja". (El Cristianismo en El Tercer Reich, Testis Fidelis, 2. volume, pg. 103). E por isto, o Santo Padre Pio XI, na Encíclica "Mit Brennender Sorge" contra o nazismo, argumentou longamente para provar que não tem a verdadeira crença em Deus quem não crê em Jesus Cristo, Senhor Nosso, e não crê em Jesus Cristo de modo preciso quem não crê na Igreja.

 




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