Os termos do
problema
Como ninguém ignora,
certas associações de classe, como sindicatos, obras de assistência, etc.,
podem tomar dois aspectos diversos, manifestando-se claramente católicas, ou
diluindo seu caráter católico atrás de algum rótulo meramente temporal. Qual
das atitudes preferir?
A solução do problema
pode parecer complexa, ao menos à primeira vista. Cada uma destas atitudes
apresenta vantagens e inconvenientes próprios.
De um lado, as obras
nítida e oficialmente católicas comportam o desenvolvimento de uma ação mais
declarada, mais positiva e por isto mesmo mais eficaz. Por outro lado, as obras
de aparência inteiramente leiga obtêm às vezes recursos mais generosos das
autoridades e de certos particulares, podendo ao mesmo tempo alcançar um âmbito
de ação maior, porque o rótulo católico não repeliria certos elementos imbuídos
de preconceitos anticlericais, etc., além de que seus estatutos não exigiriam a
condição de católico, para a admissão de membros. De que modo resolver o
problema?
Qual o tipo de
organização a que se deve dar preferência?
Como se vê, é ainda o
problema da tática do “terreno comum”, e do "apostolado de
infiltração" que aí se coloca de modo particular. Conhecemos pessoas que
levam tão longe seu liberalismo neste assunto, que chegam a preferir que não se
fundem sindicatos católicos, para que os católicos possam infiltrar-se nos
sindicatos comunistas afim de ali converter os respectivos membros!
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