O
"Sillon" é de uma intolerância odiosa
Mas então, que devemos
pensar de sua ação na Igreja, ele, cujo catolicismo é tão pontiagudo que, por
mais um pouco, quem não abraçasse a sua causa seria a seus olhos um inimigo
interior do catolicismo, e nada teria compreendido do Evangelho e de Jesus
Cristo? Julgamos conveniente insistir sobre esta questão, porque foi
precisamente seu ardor católico que valeu ao "Sillon", mesmo neste
últimos tempos, preciosos encorajamentos e ilustres sufrágios. Pois bem!
Perante as palavras e os fatos, somos obrigados a dizer que, em sua ação como
em sua doutrina, o "Sillon" não é agradável à Igreja.
Em primeiro lugar, seu
catolicismo só se acomoda com a forma democrática de governo, que julga ser a
mais favorável à Igreja, e como que se confundindo com ela; portanto, infeuda
sua religião a um partido político. Não precisamos demonstrar que o advento da
democracia universal não tem importância para a ação da Igreja no mundo; já
temos lembrado que a Igreja sempre deixou às nações o cuidado de se dar o
governo que elas consideram mais vantajoso para seus interesses. O que Nós
queremos afirmar ainda uma vez após nosso predecessor, é que há erro e perigo
em infeudar, por princípio, o catolicismo a uma forma de governo; erro e perigo
que são tanto maiores quando se sintetiza a religião com um gênero de
democracia cujas doutrinas são erradas. Ora, é o caso do "Sillon", o
qual, de fato, em favor de uma forma política especial, comprometendo a Igreja,
divide os católicos, arranca a juventude e mesmo padres e seminaristas à ação
simplesmente católica, e desperdiça, em pura perda, as forças vivas de uma
parte da nação.
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