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Plinio Corrêa de Oliveira
Em defesa da Ação Católica

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  • II   CARTA APOSTÓLICA   de S. S. Pio X sobre "Le Sillon" de 25 de agosto de 1910
      • O "Sillon" dá uma idéia desfigurada do Divino Redentor
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O "Sillon" uma idéia desfigurada do Divino Redentor

 

Queremos chamar vossa atenção, Veneráveis Irmãos, sobre esta deformação do Evangelho e do caráter sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e Homem, praticada no "Sillon" e algures. Desde que se aborda a questão social, está na moda, em certos meios, afastar primeiro a divindade de Jesus Cristo, e depois só falar de sua soberana mansidão, de sua compaixão por todas as misérias humanas, de suas instantes exortações ao amor do próximo e à fraternidade. Certamente, Jesus nos amou com um amor imenso, infinito, e veio à terra sofrer e morrer afim de que, reunidos em redor dele na justiça e no amor, animados dos mesmos sentimentos de mútua caridade, todos os homens vivam na paz e na felicidade. Mas para a realização desta felicidade temporal e eterna ele impôs, com autoridade soberana, a condição de se fazer parte de seu rebanho, de se aceitar sua doutrina, de se praticar a virtude e de se deixar ensinar e guiar por Pedro e seus sucessores. Pois se Jesus foi bom para os transviados e os pecadores, ele não respeitou suas convicções errôneas, por sinceras que parecessem; ele os amou a todos para os instruir, converter e salvar. Se ele chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica. Se levantou os humildes, não foi para lhes inspirar o sentimento de uma dignidade independente e rebelde à obediência. Se seu coração transbordava de mansidão pelas almas de boa vontade, ele soube igualmente armar-se de uma santa indignação contra os profanadores da casa de Deus, contra os miseráveis que escandalizam os pequenos, contra as autoridades que acabrunham o povo sob a carga de pesados fardos, sem aliviá-la sequer com o dedo. Ele foi tão forte quão doce; repreendeu, ameaçou, castigou, sabendo, e nos ensinando, que, muitas vezes, o temor é o começo da sabedoria, e que, algumas vezes, convém cortar um membro para salvar o corpo. Enfim, ele não anunciou para a sociedade futura o reino de uma felicidade ideal, de onde o sofrimento fosse banido; mas, por lições e exemplos, traçou o caminho da felicidade possível na terra e da felicidade perfeita no céu: a estrada real da cruz. Estes são ensinamentos que seria errado aplicar somente à vida individual em vista da salvação eterna; são ensinamentos eminentemente sociais, e nos mostram em Nosso Senhor Jesus Cristo outra coisa que não um humanitarismo sem consistência e sem autoridade.

 




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