a) – a
desorganização dos Estados liberais.
A Revolução Francesa
foi a primeira confirmação destas previsões, e introduziu no terreno político
uma agitação devoradora e progressiva, que abalou as mais sólidas instituições
até então existentes, e impediu que elas fossem substituídas por outras
igualmente duráveis. O contágio desse incêndio politico passou da esfera
constitucional para o terreno econômico e social, e teorias audaciosas,
apoiadas por organizações de âmbito universal, solaparam completamente todo o
sentimento de segurança, na Europa convulsionada. Eram tais as nuvens que se
acumularam nos horizontes, que Pio XI dizia já ser tempo de se perguntar se
esta aflição universal não pressagiava a vinda do Filho da Iniqüidade,
profetizado para os últimos dias da humanidade: "Esse espetáculo (das
desgraças contemporâneas) é de tal maneira aflitivo, que se poderia ver nele a
aurora deste início de dores, que trará o homem do pecado, elevando-se contra
tudo quanto é chamado Deus e recebe a honra de um culto". "Não se
pode verdadeiramente deixar de pensar que estão próximos os tempos preditos por
Nosso Senhor": “e por causa dos progressos crescentes da Iniqüidade, a
caridade de um grande número de homens se esfriará" (Pio XI, Encl. "Miserentissimus
Redemptor", de 8 de Maio de 1928).
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