Exageros
A certeza de que A. C.
oferecia remédio aos males contemporâneos, a iminência e o vulto das
perspectivas que um triunfo universal da A. C. entreabria, tudo isto bastou
para que, numa época convulsionada pelo mais fundo abalo moral, muitos
entusiasmos se manifestassem de modo menos equilibrado do que fora de desejar.
Suscitaram-se messianismos de alta tensão nervosa, uma paixão pela ação
absoluta e por resultados imediatos, que desterrou o bom senso para muito longe
de certos ambientes, animados de um fervor aliás generoso pela A. C.. Seria
difícil dizer até que ponto a semeadura de joio do "inimicus homo"
concorreu para desviar para o campo dos erros já condenados pela Encíclica
"Pascendi" e pela Encíclica contra "Le Sillon" tantos
espíritos animados das mais louváveis intenções. O fato é que um messianismo
malsão começou a fazer delirar em certos espíritos os princípios fundamentais
da A. C.. E como as verdades que deliram estão prestes a se transformar em
erros, não tardou que muitos conceitos novos assumissem um caráter ousado, para
acabar tornando-se indiscutivelmente errados.
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