Unilateralismo
perigoso
Quem poderia
admití-lo? Expulsemos para muito longe de nós toda e qualquer forma de
unilateralismo. Vejamos Nosso Senhor Jesus Cristo como no-lo descrevem os
Santos Evangelhos, como no-lo mostra a Igreja Católica, isto é, na totalidade
de seus predicados morais, aprendendo com Ele, não só a mansidão, a cordura, a
paciência, a indulgência, o amor aos próprios inimigos, mas ainda a energia por
vezes terrível e assustadora, a combatividade desassombrada e heróica, que
chegou até o Sacrifício da Cruz, a astúcia santíssima que discernia de longe as
maquinações dos fariseus e reduzia a pó suas sofísticas argumentações.
Este livro foi escrito
precisamente para – na medida de suas poucas forcas – restabelecer o equilíbrio
rompido em certos espíritos, a respeito deste complexíssimo assunto. Mas antes
de reivindicar para as verdades austeras, para os métodos de apostolado
enérgicos e severos, tantas vezes pregados pelas palavras e exemplos de Nosso
Senhor, o lugar que de direito lhes cabe na admiração e na piedade de todos os
fiéis, timbramos em afirmar claramente que, das verdades suaves e doces dos
Santos Evangelhos se poderia dizer o que do Santíssimo Sacramento disse S.
Tomás de Aquino: devemos louvá-las tanto quanto pudermos e ousarmos, porque não
há louvor que Lhes baste.
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