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Plinio Corrêa de Oliveira
Em defesa da Ação Católica

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  • TERCEIRA PARTE   Problemas internos da A. C.
    • CAPÍTULO I Organização, Regulamentos e Penalidades
      • Brandura e persuasão, antes de tudo
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Brandura e persuasão, antes de tudo

É evidente que, consistindo o apostolado da Igreja, essencialmente, em uma ação que visa ao mesmo tempo pregar uma doutrina e educar as vontades na prática desta doutrina, todo o apóstolo, seja ele Bispo, Sacerdote ou leigo, deve preferir acima de tudo os processos que obtenham uma plena elucidação das inteligências, e a adesão espontânea e profunda da vontade. É para este fim, que devem concorrer os melhores esforços de qualquer pessoa que se dedique ao apostolado. Para chegar à maior perfeição no emprego de todos os métodos capazes de conduzir a uma finalidade tão desejável, o zelo dos apóstolos deve saber multiplicar indefinidamente os expedientes de sua indústria, e sua paciência deve estender com imensa amplitude a ação da caridade e da benignidade a todos aqueles junto a quem o apostolado se faz.

Por isto, julgamos altamente censurável que certos apóstolos leigos façam, dos meios exclusivamente penais ou coercitivos, seu processo educativo a bem dizer único. Jamais se nota neles um esforço sério e persistente, no sentido de explicar, esclarecer, ou definir certas verdades, com o objetivo de firmar convicções profundas e estruturar princípios vigorosos. Jamais se nota neles qualquer esforço para resolver por uma ação pessoal toda ela feita de doçura e de caridade, os problemas morais que se mostram de modo às vezes dramático, em almas rebeldes à ação do apóstolo. Uma punição, e está tudo acabado: é nisso que se cifra a pedagogia simplista de muito apóstolo, de muito educador. Não é preciso qualquer argumento para provar aos espíritos de bom senso como estão distantes estas práticas do pensamento da Igreja e do regime moral instaurado com a lei da graça, no ambiente dulcíssimo da Nova Aliança. Jamais seríamos nós que haveríamos de cerrar fileiras em torno desses processos educativos sombrios, mais próprios do jansenismo, do que do Catolicismo.

Esse erro taciturno nada tem de comum com as doutrinas que aqui refutamos, as quais pecam precisamente pelo extremo oposto. No entanto, quisemos declarar explicitamente nossa condenação formal, categórica e decidida a certo pedagogismo ou a certos processos de apostolado exclusivamente consistentes na truculência, afim de que jamais se suponha que, condenando o extremo oposto, queremos de qualquer maneira, direta ou indiretamente, explicita ou implicitamente, advogar a causa dessa pedagogia sombria, que deixou ainda sequazes entre nós, mas cuja época, indiscutivelmente, já passou.

Na realidade, porém, e precisamente porque a época desse pedagogismo sombrio já passou, o mal mais atual, mais premente, mais ruinoso, em todos os ambientes em que se faz apostolado leigo, consiste no extremo oposto. As novas doutrinas concernentes à Ação Católica vieram reforçar ainda mais os acentuadíssimos exageros que se notavam neste sentido.

 




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