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Plinio Corrêa de Oliveira
Em defesa da Ação Católica

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  • II   CARTA APOSTÓLICA   de S. S. Pio X sobre "Le Sillon" de 25 de agosto de 1910
      • O "Sillon" procura furtar-se à Autoridade da Igreja
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O "Sillon" procura furtar-se à Autoridade da Igreja

 

Em primeiro lugar, convém censurar severamente a pretensão do "Sillon" de escapar à direção da Autoridade Eclesiástica. Os chefes do "Sillon", com efeito, alegam que eles se movem num terreno que não é o da Igreja; que eles só têm em vista interesses de ordem temporal e não de ordem espiritual; que o sillonista é simplesmente um católico dedicado à causa das classes trabalhadoras, às obras democráticas, e que haure nas práticas de sua fé a energia de seu devotamento; que, nem mais nem menos que os artífices, os trabalhadores, os economistas e os políticos católicos, ele se acha submetido às regras de moral comuns a todos, sem estar subordinado, nem mais nem menos do que aqueles, de uma forma especial, à autoridade eclesiástica.

A resposta a estes subterfúgios não é, senão demasiado fácil. A quem se fará crer, com efeito, que os sillonistas católicos, que os padres e os seminaristas alistados em suas fileiras só têm em vista, em sua atividade social, o interesse temporal das classes trabalhadoras? Sustentar tal coisa, pensamos, seria fazer-lhes injúria. A verdade é que os chefes do "Sillon" se proclamam idealistas irredutíveis, que pretendem reerguer as classes operárias reerguendo, antes de mais nada, a consciência humana; que têm uma doutrina social e princípios filosóficos e religiosos para reconstruir a sociedade sobre um novo plano; têm uma concepção especial sobre a dignidade humana, sobre a liberdade, sobre a justiça e a fraternidade, e que, para justificar seus sonhos sociais apelam para o Evangelho, interpretado à sua maneira, e, o que é ainda mais grave, para um Cristo desfigurado e diminuído. Além disso, estas idéias eles as ensinam em seus círculos de estudo, eles as inculcam a seus companheiros, eles as fazem penetrar em suas obras. Eles são pois, verdadeiramente, professores de moral social, cívica e religiosa, e, quaisquer que sejam as modificações que eles possam introduzir na organização do movimento sillonista, Nós temos o direito de dizer que a finalidade do "Sillon", seu caráter, sua ação pertencem ao domínio moral, que é o domínio próprio da Igreja, e que, em conseqüência, os sillonistas se iludem quando crêem mover-se num terreno em cujos confins expiram os direitos do poder doutrinário e diretivo da Autoridade Eclesiástica.

Se suas doutrinas fossem isentas de erro, já teria sido uma falta muito grave à disciplina católica o subtraísse obstinadamente à direção daquelas que receberam do céu a missão de guiar os indivíduos e as sociedades no reto caminho da verdade e do bem. Mas o mal é mais profundo, já o dissemos: o "Sillon", arrastado por um mal compreendido amor dos fracos, descambou para o erro.

 




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