A catequese
44. Uma via que não há de ser descurada na evangelização é
a do ensino catequético. A inteligência nomeadamente a inteligência das
crianças e a dos adolescentes, tem necessidade de aprender, mediante um
sistemático ensino religioso, os dados fundamentais, o conteúdo vivo da verdade
que Deus nos quis transmitir, e que a Igreja procurou exprimir de maneira cada
vez mais rica, no decurso da sua história. Depois, que um semelhante ensino
deva ser ministrado para educar hábitos de vida religiosa e não para permanecer
apenas intelectual, ninguém o negará. E fora de dúvida que o esforço de
evangelização poderá tirar um grande proveito deste meio do ensino catequético,
feito na igreja, ou nas escolas onde isso é possível, e sempre nos lares
cristãos; isso, porém, se os catequistas dispuserem de textos apropriados e
atualizados com prudência e com competência, sob a autoridade dos Bispos. Os
métodos, obviamente, hão de ser adaptados à idade, à cultura e à capacidade das
pessoas, procurando sempre fazer com que elas retenham na memória, na
inteligência e no coração, aquelas verdades essenciais que deverão depois impregnar
toda a sua vida. Importa sobretudo preparar bons catequistas, catequistas
paroquiais, mestres e pais, que se demonstrem cuidadosos em se aperfeiçoar
constantemente nesta arte superior, indispensável e exigente do ensino
religioso, Além disso, sem minimamente negligenciar, seja em que aspecto for, a
formação religiosa das crianças, verifica-se que as condições do mundo atual
tornam cada vez mais urgente o ensino catequético, sob a forma de um
catecumenato, para numerosos jovens e adultos que, tocados pela graça,
descobrem pouco a pouco o rosto de Cristo e experimentam a necessidade de a ele
se entregar.
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