Convite à reflexão
5. Todos nós vemos a urgência em dar a esta pergunta uma
resposta leal, humilde, corajosa e, depois, de agir conseqüentemente.
Com o nosso "cuidado solícito de todas as Igrejas", 8 nós
desejaríamos ajudar os nossos Irmãos e Filhos a responder a tais interpelações.
Oxalá que as nossas palavras, que intentam ser uma reflexão sobre a
evangelização, a partir das riquezas do Sínodo, possam levar à mesma reflexão
todo o povo de Deus congregado na Igreja, e vir a ser um impulso novo para
todos, especialmente para aqueles "que se afadigam na pregação e no
ensino", 9 a fim de que cada um deles seja "um operário que
distribui retamente a Palavra da verdade" 10 e realize obra de
pregador do Evangelho e se desempenhe com perfeição do próprio ministério.
Pareceu-nos de capital importância uma Exortação deste gênero, porque a
apresentação da mensagem evangélica não é para a Igreja uma contribuição
facultativa: é um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de
que os homens possam acreditar e ser salvos. Sim, esta mensagem é necessária;
ela é única e não poderia ser substituída. Assim, ela não admite indiferença
nem sincretismo, nem acomodação, É a salvação dos homens que está em causa; é a
beleza da Revelação que ela representa; depois, ela comporta uma sabedoria que
não é deste mundo. Ela é capaz, por si mesma, de suscitar a fé, uma fé que se
apóia na potência de Deus.11 Enfim, ela é a Verdade. Por isso, bem
merece que o apóstolo lhe consagre todo o seu tempo, todas as suas energias e
lhe sacrifique, se for necessário, a sua própria vida.
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