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Pius PP. XI Mortalium animos IntraText CT - Texto |
7. Só uma religião pode ser verdadeira: A revelada por Deus
Fomos criados por Deus, Criador de todas as coisas, para
este fim: conhecê-lO e serví-lO. O nosso
Criador possui, portanto, pleno direito de ser servido.
Por certo, poderia Deus ter estabelecido apenas uma lei da natureza para o governo
do homem. Ele, ao criá-lo, gravou-a em seu espírito e poderia portanto, a
partir daí, governar os seus novos atos pela providência ordinária dessa mesma
lei. Mas, preferiu dar preceitos aos quais nós obedecêssemos e, no decurso dos
tempos, desde os começos do gênero humano até a vinda e a pregação de Jesus
Cristo, Ele próprio ensinou ao homem, naturalmente dotado de razão, os deveres
que dele seriam exigidos para com o Criador: "Em muitos lugares e de
muitos modos, antigamente, falou Deus aos nossos pais pelos profetas;
ultimamente, nestes dias, falou-nos por seu Filho" (Heb 1,1 Seg).
Está, portanto, claro que a religião verdadeira não pode ser outra senão a que
se funda na palavra revelada de Deus; começando a ser feita desde o princípio,
essa revelação prosseguiu sob a Lei Antiga e o próprio crisot completou-a sob a
Nova Lei.
Portanto, se Deus falou – e comprova-se pela fé
histórica Ter ele realmente falado – não há quem não veja ser dever do homem
acreditas, de modo absoluto, em deus que se revela e obedecer integralmente a
Deus que impera. Mas, para a glória de Deus e para a nossa salvação, em relação
a uma coisa e outra, o Filho Unigênito de Deus
instituiu na terra a sua Igreja.