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Pius PP. XI Mortalium animos IntraText CT - Texto |
11. A verdade revelada não admite transações
Acaso poderemos tolerar – o que seria bastante iníquo-, que a verdade e, em
especial a revelada, seja diminuída através de pactuações?
No caso presente, trata-se da verdade revelada que deve ser defendida.
Se Jesus Cristo enviou os Apóstolos a todo o mundo, a todos os povos que
deviam ser instruídos na fé evangélica e, para que não errassem em nada, quis
que, anteriormente, lhes fosse ensinada toda a verdade
pelo Espírito Santo, acaso esta doutrina dos Apóstolos faltou inteiramente ou
foi alguma vez perturbada na Igreja em que o próprio Deus está presente como
regente e guardião?
Se o nosso Redentor promulgou claramente o seu Evangelho não apenas para os
tempos apostólicos, mas também para pertencer às futuras épocas, o objeto da fé
pode tornar-se de tal modo obscuro e incerto que hoje seja necessários tolerar
opiniões pelo menos contrárias entre si?
Se isto fosse verdade, dever-se-ia igualmente dizer que o Espírito Santo que
desceu sobre os Apóstolos, que a perpétua permanência dele na Igreja e também
que a própria pregação de Cristo já perderam, desde muitos séculos, toda a
eficácia e utilidade: afirmar isto é, sem dúvida, blasfemo.