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4. HUMANISMO
CRISTÃO
S. Pio X reconheceu, em Scalabrini o “Bispo douto, manso
e forte, que também, nas duras vicissitudes sempre defendeu, amou e fez amar a
verdade, não a abandonando por ameaças ou adulações.
De fato, o bispo de Placência teve “a santa coragem de
dizer a verdade” a todos, amigos e inimigos e acreditou ser seu dever
episcopal não silenciá-la nunca ao Papa.
O amor à verdade leva ao realismo, que
pode provocar amargura mas não ceticismos, porque a luz da verdade é a fé. “O
conhecimento prático dos homens e das coisas” leva a prudente discernimento do
tempo de calar e do tempo de falar. Não é licito antecipar as decisões da
1greja: “a honesta liberdade de pensar” integrai-se com a obediência, que impõe
o sacrifício também heróico das próprias convicções, num ato de fé.
Uma mente assim aberta, abre o coração a todos os valores
humanos. A amizade é uma necessidade do coração, é uma união inalterável, é
sacrifício de si, pelo amigo. A amizade “profunda e reverente” se fundamenta na
caridade, que por sua vez, se baseia verdade.
Quem está repleto do Espírito Santo, que é o Amor, ama
não apenas os homens, mas tudo o que é bom, belo e artístico, poético,
harmonioso, em uma “plenitude de amor”. A sinfonia da criação tem o seu eco
mais profundo, na sinfonia do espírito.
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