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PRIMEIRA PARTE
HOMEM DE DEUS E PARA
DEUS
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“HOMEM TODO DE DEUS E
TODO PARA DEUS” assim foi definido D.
Scalabrini. Sua vida foi “Teologal”, consagrada a Deus e à causa de Deus. Seus
pensamentos e os textos, aqui citados, revelam a dimensão essencialmente
cristológica de sua vida de fé.
Cristo é o Deus-em-nós, o Amor encarnado na humanidade e
difundido em nossos corações, pelo Espírito.
Cristo é o Deus-conosco, o Amor que veio colocar a sua
tenda em nosso meio, na Eucaristia.
Cristo é o Deus para nós, o Amor “até o fim”, morto e
ressuscitado, para fazer-nos participantes da sua vida, morte e ressurreição.
O cristão é justificado e santificado pela fé em Cristo. A fé é o dom,
pelo qual Deus se doa totalmente ao homem; o homem responde-lhe com o dom total
de si, orientando constantemente o coração e a mente para Deus, na oração e,
recebendo do Espírito, a luz que revela o mistério do homem e da história, a
caminho para a realização do Reino dos céus.
O ideal de espiritualidade de D. Scalabrini é o de
oferecer sua própria pessoa a Cristo, para que Ele prolongue, por meio dela, a
sua Encarnação, isto é, continue, através de sua pessoa, amar, ver, falar e
agir de modo visível e palpável, como fez durante a sua vida terrena. “Vivo,
mas não sou eu mais que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim.”
Cristo, presente no mistério pascal, prolonga-se na realidade
humana, caminha conosco, faz-se nosso próximo, em nossos companheiros de
viagem, especialmente em quem imprimiu, de forma mais evidente, a sua imagem:
Maria, os Santos, os pobres.
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