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b) PAI QUE SE DEVE AMAR
“Amar-vos
até a morte.”
Obedecer-vos
e amar-vos até a morte, será a nossa ambição, o mais doce conforto da nossa
vida, e à vossa obediência e ao vosso amor esforçar-nos-emos, para conquistar
tantas almas quantas pudermos. 6
Invocamos
em testemunho o céu e a terra: que com todo coração e com toda alma
esforçar-nos-emos, por crer e venerar tuas palavras como palavras do Senhor; os
teus juízos como os juízos de Deus, as tuas definições, como juízos de Jesus
Cristo. 7
Invocamos
para nós, Beatíssimo Padre, um prêmio, uma glória, poder secundar mesmo o menor
dos vossos desejos. Pouco podemos, na nossa mesquinhez, mas esse pouco é todo
para vós, que sois o nosso terno Pai, o nosso Mestre infalível, a nossa lei
viva. 8
Será
sempre glorioso para nós, pensar em tudo e sempre como Ele, julgar, como Ele,
sentir como Ele, sofrer com Ele, combater com Ele e por Ele; (...) denominar-nos-emos felizes em poder
dar o sangue e a vida, por sua causa que é a causa de Deus. 9
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Eu,
com meu clero e meu povo ligo-me à tua cátedra, porque estou seguro de que ela
e com ela, Unir-me-ei a Jesus Cristo. 10
Portanto,
ao Papa os olhos da mente, ao Papa os afetos do coração. Só nele, por ele e com
ele, podemos todos ser um só, e proceder, como exército ordenado, para a
batalha, seguros da vitória (...). O
queridos, não seja a nossa, uma homenagem de estéril admiraçao. Amemo-lo, oh!
amemos o Papa, veneremo-lo, procuremos novos modos de demonstrar a nossa
devoção. 11
“Promover
uma sólida devoção, à Sé Apostólica.”
Desejo,
ardentemente, promover no meu Clero e em todo o povo a mim confiado, uma
profunda, e louvável, especialmente, nestes tempos necessária, devoção à Santa
Sé Romana, centro de união e nascente puríssima da verdade; para vós, Doutor e
Mestre infalível da fé e de costumes de toda a Igreja, pensei apresentar, aos
pés de Vossa Santidade, férvida e humilde oração, para que vos digneis conceder
a toda a Diocese a celebração, em rito duplo maior, o Ofício e a Missa de
Comemoração de todos os Santos Pontífices, cada ano, no primeiro domingo livre,
depois da oitava dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, segundo o indulto, já
benignamente concedido, ao clero da Alma Cidade.
Beatíssimo
Padre, o humilde orador abaixo assinado, implora ardentemente, esta graça,
enquanto entende ordenar a todos os párocos de fazer ao povo, naquele domingo,
um discurso, sobre as excelsas prerrogativas do Romano Pontífice, segundo as
últimas definições emanadas do Concílio Ecumênico Vaticano, na confiança,
antes, na certeza, de que os Santos Pontífices, devotamente invocados e
venerados pelos fiéis naquele dia, obtenham de Deus, para o Clero e o povo
placentino uma verdadeira e salutar adesão, reverência e amor para a Vossa Santa
Sé Apostólica, que é para nós e para todos, a verdadeira e única âncora de
esperança e de salvação. 12
“O amor ao
Vigário de Jesus Cristo.”
Beatíssimo
Padre! Que o Divino Príncipe dos pastores digne-se derramar sobre Vós a
mãos-cheias, os seus mais escolhidos dons. Entre tais e - 132 -
tantas vicissitudes de homens e coisas, entre tantas e
tão graves angústias que de toda parte vos oprimem, Ele vos conforte, vos
ampare, vos conserve ainda por longos anos, forte e sadio, para maior glória sua,
para dignidade e incremento da Religião, para tutela e defesa da Igreja, para
conforto dos bons, para a confusão dos maus. Alegre-vos o triunfo completo de
vossa causa, a qual poderá tardar, mas não fracassar. Às dores da Paixão,
sucederão as alegrias da Ressurreição.
Beatíssimo
Padre, dirijo-me a vós com meus votos, os votos e as felicitações dos
Missionários, que prestam sua assistência aos nossos migrantes nas Américas;
outrossim, os votos e as felicitações dos próprios migrantes. Aqueles
pobrezinhos, por meu intermédio, depõem, agora, aos vossos pés o seu óbulo, em
sinal de gratidão, por quanto fizestes até agora em favor deles, e ao mesmo
tempo, imploram sobre si e suas famílias, a Bênção Apostólica.
Os
missionários têm como regra vigiar e manter, nas colônias dos nossos pobres
desterrados, o amor ao Vigário de Jesus Cristo; também eles vos imploram, Santo
Padre, uma Bênção especial, que lhes infunda novo ardor, nova coragem, em meio
às suas fadigas apostólicas. 13
“Os
católicos, não vão a Roma peregrinar, por motivos fúteis.”
Uma das obras que hoje serve para
prestar manifestação pública e solene da nossa fé, é a prática devota das
peregrinações, especialmente a Roma, o venerável Santuário da nossa fé, o
centro da unidade católica, o lugar santo, onde se assenta Aquele que na terra,
faz as vezes de Deus (...).
Eles
vão para cumprir um ato de religião, para visitar os grandiosos monumentos de
sua fé, para haurir nova força e nova coragem, para lutar nas batalhas do
Senhor (...). Vão para respirar, entre aqueles muros, a aragem puríssima da vida
cristã, quase a gozar dos direitos de uma casa comum, a se recolherem, bem
longe, junto ao túmulo dos pais, como em uma grande e única família. Vão para
demonstrar ao universo a vida, que sempre anima a Igreja e para desmentir aos
que não cessam de gritar estultamente, que o Catolicismo teve o seu tempo, que
o Papado está morto. Finalmente, vão para confirmar diante de Deus e diante dos
homens, de modo explícito e solene, a devoção e o afeto que os conservam
ligados ao Sucessor de Pedro, ao Príncipe dos Pastores, ao Mestre infalível do
dogma e da moral, para ouvir de seus sagrados lábios, uma palavra de conforto e
de encorajamento, para serem abençoados por Ele. 14
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“O ódio deles
sela a medida do nosso amor, pelo Pai
comum.”
Não
nos espantem os insultos e clamores dos inimigos do bem. A exemplo do divino
Salvador, que do alto da cruz, pedia perdão para os seus algozes, rezemos por
eles que se tornaram carnífices da Igreja, sua e nossa mãe. E nós, generosos e
invictos, demonstremo-lhes exemplo contrário. O
ódio deles seja a medida de nosso amor pelo Pai comum; seus ultrajes
sejam a medida de nosso respeito; o desprezo que eles dão à sua palavra, seja a
medida da nossa confiança. A todas as suas blasfêmias e negações, respondamos
com uma afirmação, mais enérgica, mais viva que nunca. Sim, já é tempo de nos
explicarmos. Devemos levantar altas, as frontes, desfraldar a bandeira das
ações santas, falar francamente, e assegurar a todo o mundo, que estamos com o
Papa, somos seus súditos fiéis, seus filhos obedientes, seus ternos amigos,
seus devotos servidores até a morte; que somos solidários fiéis ao Papa, que
acreditamos nos ensinamentos dele, que nos submetemos a todos os seus
preceitos, que queremos viver e morrer na comunhão de fé, de obediência e de
amor ao Papa.
De
fato, professar estar com o Papa é professar estar com a Igreja, da qual ele é
Chefe e Pastor supremo; estar com Cristo, de quem faz às vezes, na terra, estar
com Deus, porque Cristo é Deus, é um só Deus, com o Pai e o Espírito Santo. 15
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