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Congregações Scalabrinianas dos Missionários e Missionárias de São Carlos Scalabrini Uma voz atual IntraText CT - Texto |
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b) NOSSA MÃE
“Olhemos a face de nossa Mãe!”
Somos filhos da Igreja Católica; isto não deveria ser suficiente para nos fazer vibrar? Olhemos no rosto a nossa Mãe, e envergonhemo-nos de ter feito até agora tão pouco por Ela! O que é Ela? É a obra do milagre, é ela mesma, um milagre. Milagre extraordinário na sua origem, milagre singular na sua propagação, milagre permanente na sua duração. De fato, como nasceu? Nasceu, por força de milagres, sem o mínimo apoio humano, apesar dos esforços de todo o inferno fremente ao redor do seu berço e apesar dos imensos obstáculos, inacreditáveis, insuperáveis por força humana. Sustentada unicamente pelo braço de Deus, não obstante todas as potências, todos os preconceitos, todas as paixões, todos os erros do mundo, juntos conspirados para seu dano; não obstante as perseguições de toda sorte, que contra ela foram movidas, pelas barbáries, pela astúcia e pelo orgulho, como relâmpago que corta do Oriente ao Ocidente, ela se propaga admiravelmente, se estende pelo mundo todo; e, sempre em meio aos mais terríveis assaltos, em meio aos contrastes mais insidiosos, tranqüila e serena avança, atravessa majestosa o curso dos séculos, subsiste imutável, mantém-se invencível, conserva-se incorrupta e triunfa gloriosamente de toda espécie de inimigos. (...) E não é esta uma contínua corrente de portentos inenarráveis, que nos fazem tocar com a mão a obra do Eterno, o poder de Cristo, a força, a virtude, a onipotência divina, comunicada, transfundida, encarnada na Igreja? E não devemos dobrar a fronte e curvar os joelhos diante desta Rainha imortal dos séculos, diante da Imaculada Esposa de Cristo, diante da soberana Senhora de todos os remos, de todas as idades, de todos os povos? Não nos sentiremos altamente honrados de pertencer a ela? Não queremos eficazmente colocar mãos à obra pela sua glória? 8
“A Igreja é verdadeiramente nossa Mãe.”
Esteja sempre fixa em nossas mentes, ó caros filhos, a sentença do mártir S. Cipriano: não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por Mãe. E a Igreja é verdadeiramente nossa mãe, irmãos e filhos caríssimos. Esta não é uma frase de retórica; é uma doutrina estritamente dogmática. Como na ordem, entre nós e Deus criador estão os pais e está a série de nossos pais, através dos quais chegamos ao primeiro homem, Adão, assim, escreve um grande, entre nós e Jesus Cristo, na ordem sobrenatural da fé e da graça está uma mãe, que é virgem e é exatamente a Igreja. Ela, através da ininterrupta série de geração espiritual, remonta aos apóstolos e a Jesus Cristo. Como a onda da vida natural se expande de Deus sobre toda a criação, pela obra necessária dos pais, segundo a carne, assim a onda da vida sobrenatural e divina se expande de Cristo em todos os fiéis pela obra igualmente necessária da Igreja, que é sua Esposa, por isso nossa mãe, destinada a nutrir-nos com o leite de suas doutrinas, a alimentar-nos com a vida espiritual da graça, a nos enriquecer com todos os tesouros do céu e a conduzir-nos à idade perfeita de Cristo. 9
“Amemos esta mãe!”
Amemos esta mãe! Não esqueçamos de que quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo e por isso não possui aquele único amor que enobrece, eleva e nos faz amar tudo o que é digno de amor, no universo. Amemos a Igreja viva e presente dos nossos dias, que fala pela boca de seu augusto Chefe e de seus Bispos, que vive e sofre por nós, que conosco ora e espera. Amemo-la, como a coisa mais querida do mundo depois de Jesus Cristo. Amemo-la, como nossa família, nossa belíssima e afetuosíssima Mãe. Amemo-la, como aquela que melhor representa e exprime em si infinita beleza e bondade daquele Deus, que é todo o nosso amor. Abandonemo-nos confiantes, nos braços desta Mãe. Minha mãe me disse, exclama a criança e proferida esta palavra, prossegue segura seu caminho. O mesmo deve dizer cada um de nós: a Igreja disse e basta! 10
“Amar-te-emos sempre com amor de filhos.”
Ó Igreja Católica! O filha do céu! Como são belos os teus tabernáculos! Como são luminosas as tuas vias! Mãe dos Santos, imagem da cidade sempiterna, conservadora eterna do sangue incorruptível, salve! Tu nos amas, com amor de mãe e nós te amaremos sempre com amor de filhos. Como os nossos irmãos que colheram a palavra do triunfo, esperamos também nós, nesta peregrinação mortal santificar-nos, para não sermos indignos de ti. Seguiremos, dóceis, os teus ensinamentos, manter-nos-emos sempre unidos a ti, sabendo que fora de ti não há salvação. Militantes contigo sobre a terra, esperamos ser triunfantes contigo, no céu, pelos méritos de Jesus Cristo, nosso Deus, a quem seja dada a honra, a sabedoria, o império, as ações de graças, bênçãos, poder, fortaleza e glória pelos séculos dos séculos. Amém. 11
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8. Carta Pastoral (...) 3 de novembro de 1881. Placência, pp. 23-25. 9. A Igreja Católica. Placência, 1888, pp. 25-27. 10. Id., pp. 35-36. 11. Homilia de todos os Santos, 1886 (AGS 3016/8). |
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