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Congregações Scalabrinianas dos Missionários e Missionárias de São Carlos Scalabrini Uma voz atual IntraText CT - Texto |
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b) PAI QUE SE DEVE AMAR
“Amar-vos até a morte.”
Obedecer-vos e amar-vos até a morte, será a nossa ambição, o mais doce conforto da nossa vida, e à vossa obediência e ao vosso amor esforçar-nos-emos, para conquistar tantas almas quantas pudermos. 6 Invocamos em testemunho o céu e a terra: que com todo coração e com toda alma esforçar-nos-emos, por crer e venerar tuas palavras como palavras do Senhor; os teus juízos como os juízos de Deus, as tuas definições, como juízos de Jesus Cristo. 7 Invocamos para nós, Beatíssimo Padre, um prêmio, uma glória, poder secundar mesmo o menor dos vossos desejos. Pouco podemos, na nossa mesquinhez, mas esse pouco é todo para vós, que sois o nosso terno Pai, o nosso Mestre infalível, a nossa lei viva. 8 Será sempre glorioso para nós, pensar em tudo e sempre como Ele, julgar, como Ele, sentir como Ele, sofrer com Ele, combater com Ele e por Ele; (...) denominar-nos-emos felizes em poder dar o sangue e a vida, por sua causa que é a causa de Deus. 9 Eu, com meu clero e meu povo ligo-me à tua cátedra, porque estou seguro de que ela e com ela, Unir-me-ei a Jesus Cristo. 10 Portanto, ao Papa os olhos da mente, ao Papa os afetos do coração. Só nele, por ele e com ele, podemos todos ser um só, e proceder, como exército ordenado, para a batalha, seguros da vitória (...). O queridos, não seja a nossa, uma homenagem de estéril admiraçao. Amemo-lo, oh! amemos o Papa, veneremo-lo, procuremos novos modos de demonstrar a nossa devoção. 11
“Promover uma sólida devoção, à Sé Apostólica.”
Desejo, ardentemente, promover no meu Clero e em todo o povo a mim confiado, uma profunda, e louvável, especialmente, nestes tempos necessária, devoção à Santa Sé Romana, centro de união e nascente puríssima da verdade; para vós, Doutor e Mestre infalível da fé e de costumes de toda a Igreja, pensei apresentar, aos pés de Vossa Santidade, férvida e humilde oração, para que vos digneis conceder a toda a Diocese a celebração, em rito duplo maior, o Ofício e a Missa de Comemoração de todos os Santos Pontífices, cada ano, no primeiro domingo livre, depois da oitava dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, segundo o indulto, já benignamente concedido, ao clero da Alma Cidade. Beatíssimo Padre, o humilde orador abaixo assinado, implora ardentemente, esta graça, enquanto entende ordenar a todos os párocos de fazer ao povo, naquele domingo, um discurso, sobre as excelsas prerrogativas do Romano Pontífice, segundo as últimas definições emanadas do Concílio Ecumênico Vaticano, na confiança, antes, na certeza, de que os Santos Pontífices, devotamente invocados e venerados pelos fiéis naquele dia, obtenham de Deus, para o Clero e o povo placentino uma verdadeira e salutar adesão, reverência e amor para a Vossa Santa Sé Apostólica, que é para nós e para todos, a verdadeira e única âncora de esperança e de salvação. 12
“O amor ao Vigário de Jesus Cristo.”
Beatíssimo Padre! Que o Divino Príncipe dos pastores digne-se derramar sobre Vós a mãos-cheias, os seus mais escolhidos dons. Entre tais e tantas vicissitudes de homens e coisas, entre tantas e tão graves angústias que de toda parte vos oprimem, Ele vos conforte, vos ampare, vos conserve ainda por longos anos, forte e sadio, para maior glória sua, para dignidade e incremento da Religião, para tutela e defesa da Igreja, para conforto dos bons, para a confusão dos maus. Alegre-vos o triunfo completo de vossa causa, a qual poderá tardar, mas não fracassar. Às dores da Paixão, sucederão as alegrias da Ressurreição. Beatíssimo Padre, dirijo-me a vós com meus votos, os votos e as felicitações dos Missionários, que prestam sua assistência aos nossos migrantes nas Américas; outrossim, os votos e as felicitações dos próprios migrantes. Aqueles pobrezinhos, por meu intermédio, depõem, agora, aos vossos pés o seu óbulo, em sinal de gratidão, por quanto fizestes até agora em favor deles, e ao mesmo tempo, imploram sobre si e suas famílias, a Bênção Apostólica. Os missionários têm como regra vigiar e manter, nas colônias dos nossos pobres desterrados, o amor ao Vigário de Jesus Cristo; também eles vos imploram, Santo Padre, uma Bênção especial, que lhes infunda novo ardor, nova coragem, em meio às suas fadigas apostólicas. 13
“Os católicos, não vão a Roma peregrinar, por motivos fúteis.”
Uma das obras que hoje serve para prestar manifestação pública e solene da nossa fé, é a prática devota das peregrinações, especialmente a Roma, o venerável Santuário da nossa fé, o centro da unidade católica, o lugar santo, onde se assenta Aquele que na terra, faz as vezes de Deus (...). Eles vão para cumprir um ato de religião, para visitar os grandiosos monumentos de sua fé, para haurir nova força e nova coragem, para lutar nas batalhas do Senhor (...). Vão para respirar, entre aqueles muros, a aragem puríssima da vida cristã, quase a gozar dos direitos de uma casa comum, a se recolherem, bem longe, junto ao túmulo dos pais, como em uma grande e única família. Vão para demonstrar ao universo a vida, que sempre anima a Igreja e para desmentir aos que não cessam de gritar estultamente, que o Catolicismo teve o seu tempo, que o Papado está morto. Finalmente, vão para confirmar diante de Deus e diante dos homens, de modo explícito e solene, a devoção e o afeto que os conservam ligados ao Sucessor de Pedro, ao Príncipe dos Pastores, ao Mestre infalível do dogma e da moral, para ouvir de seus sagrados lábios, uma palavra de conforto e de encorajamento, para serem abençoados por Ele. 14 “O ódio deles sela a medida do nosso amor, pelo Pai comum.”
Não nos espantem os insultos e clamores dos inimigos do bem. A exemplo do divino Salvador, que do alto da cruz, pedia perdão para os seus algozes, rezemos por eles que se tornaram carnífices da Igreja, sua e nossa mãe. E nós, generosos e invictos, demonstremo-lhes exemplo contrário. O ódio deles seja a medida de nosso amor pelo Pai comum; seus ultrajes sejam a medida de nosso respeito; o desprezo que eles dão à sua palavra, seja a medida da nossa confiança. A todas as suas blasfêmias e negações, respondamos com uma afirmação, mais enérgica, mais viva que nunca. Sim, já é tempo de nos explicarmos. Devemos levantar altas, as frontes, desfraldar a bandeira das ações santas, falar francamente, e assegurar a todo o mundo, que estamos com o Papa, somos seus súditos fiéis, seus filhos obedientes, seus ternos amigos, seus devotos servidores até a morte; que somos solidários fiéis ao Papa, que acreditamos nos ensinamentos dele, que nos submetemos a todos os seus preceitos, que queremos viver e morrer na comunhão de fé, de obediência e de amor ao Papa. De fato, professar estar com o Papa é professar estar com a Igreja, da qual ele é Chefe e Pastor supremo; estar com Cristo, de quem faz às vezes, na terra, estar com Deus, porque Cristo é Deus, é um só Deus, com o Pai e o Espírito Santo. 15
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6. Ao Venerável Clero e Diletíssimo Povo da Cidade e da Diocese, Placência, 1878, p. 5. 7. Carta a Leão XIII, 15-2-1879 (AGS 3019/2). 8. Carta Pastoral (...) pela Santa Quaresma de 1879, Placência, p. 5. 9. Atos e documentos do Primeiro Congresso Catequético... Placência, 1890, p. 238. 10. Homilia de S. Pedro, 1899 (AGS 3016/7). 11. Sobre o opúsculo “A carta do Emo. Cardeal Pitra”. Os comentários - A palavra do Papa. Placência, 1885, pp. 20-21. 12. Carta a Pio IX, 5-4-1876 (AGS 3019/1). 13. Carta a Leão XIII, 27-3-1893 (AGS 3019/2). 14. Carta Pastoral (...) 15 de agosto de 1895, Placência, pp. 6-7. 15. Id., pp. 11-12. |
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