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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1101 - 1200 (1867)
    • 1193 - ao Sr. de Varax
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1193 - ao Sr. de Varax

Vida das obras. Cooperação dos irmãos na imprensa religiosa. Paciência nas dificuldades. Utilidade da provação para o Instituto e para as obras. Funerais do irmão Philibert.

 

Vaugirard, 29 de março de 1867

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Vou responder às suas duas últimas cartas, mas é amanhã sábado, tenho muito a fazer e a escrever; você terá, portanto, apenas uma palavra breve, senão seca, o que não convém entre nós.

 

Para seu sermão, não atingiu seu objetivo para sua obra, mas, se fez algum bem espiritual, não se deve lamentar nada. Sabe que, salvo razão bem extraordinária, não pregamos nas paróquias de cidades.

 

O artigo da Semaine Religieuse é conveniente, a comunidade está apagada nele, como cabia-nos fazer. Essa publicação local me parece ser bastante bem feita e deve ter seu interesse.

 

Para a cooperação à feuille dAngers, é preciso esperar um pouco para conhecer-lhe a cor: sua direção nominal foi oferecida ao Sr. dArbois que recusou, não tendo a folga de cuidar disso. Acho que será conveniente, mas não é fácil tornar um tal escrito interessante numa esfera tão restrita. Você lOuvrier ? O Sr. Maignen escreve ali regularmente, às vezes bastante bem.

 

Disse-lhe, na sua última visita em Vaugirard, que podia aplicar às necessidades de sua casa os 500f oferecidos pela Sra. sua mãe, com a condição de usá-los economicamente.

 

As rendas espanholas estão à venda no agente de câmbio. Acho que o Sr. Lantiez (notário em Deuil, perto de Enghien, Seine et Oise) não se empenhava em negociar uma tão triste operação. Disse (muito justamente, é verdade) a seu irmão que cada um de nós podia fazer essa operação, o único cuidado a tomar sendo ver o agente de câmbio. Teme que não se tire dela muito mais de 200f. O Sr. Georges [de Lauriston] irá ver a Sra. Cottu de sua parte.

 

Acho, como você, que uma viagem bem pequena fará bem ao Sr. Trousseau. Medirá a coisa segundo a necessidade.

 

Fico comovido pela bondosa lembrança da Sra. sua mãe. Não vejo muito que tenha as ocasiões de me encontrar com ela. Mas me parecera ter guardado um pouco de pena da recusa que tinha feito outrora, um pouco francamente demais sem dúvida, de entrar nas suas vistas no que tocava à sua união conosco. Será para mim um consolo vê-la voltar sobre essa impressão. Tenho uma tão elevada idéia de seu caráter, de sua bondade, de sua piedade e de sua dedicação que sofreria por estar fora de suas simpatias.

 

Entro nas suas dolorosas solicitudes de mãe neste momento, como você mesmo pode fazer, e continuo recomendando fielmente seu caro irmão às orações de nossa comunidade.

 

O pensionato produz poucas vantagens materiais, é verdade, mas faz um peso moral para sua casa. Faz também um bem real para os alunos que têm aí um abrigo cristão e um ensino honesto: é alguma coisa neste tempo. Paciência, Deus nos conduzirá. Recebamos, sem nos preocupar com o dia de amanhã, nossas provações, nossas insuficiências, nossas fraquezas. Tudo isso humilha e Deus se compraz entre os fracos e os pequenos. Há também nisso, como diz muito bem, uma excelente Quaresma, sem prejuízo para o estômago. Enfim, você pensa como nós que se, em seus começos, nossas obras não fossem marcadas com o selo da cruz, se não tivéssemos muitas provações e trabalhos, não teríamos os sinais ordinários da bênção de Deus e as promessas de uma base firme e duradoura para o futuro, no serviço de Deus.

 

Adeus, meu caríssimo amigo. Encoraje, fortaleça seus irmãos. Somos todos fracos e todos necessitamos do auxílio de Deus e de nossos irmãos.

 

Mil afeições a você e a todos.

 

Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

P.S. Conduzimos, na quarta-feira, nosso caro irmão Philibert à nossa sepultura de Chaville. A cerimônia foi simples e comovedora, sem estranhos, exceto duas ou três pessoas de Chaville e a mãe do caro defunto. Estávamos, quanto a nós, reunidos em grande número, todos, acho. Missa em nossa capela de Vaugirard e ofício dos mortos na igreja de Chaville; nosso irmão Olivier [Urvoy de S t Bédan] não está mais sozinho.

 




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