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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1202 - 1300 (1867 - 1868)
    • 1209 - ao Sr. de Varax
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1209 - ao Sr. de Varax

Questões concernentes à família de Varax. Pregações em Arras. Breves notícias.

 

Vaugirard, 28 de maio de 1867

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Respondo brevemente aos dois pontos essenciais de sua carta, para não correr o risco de atrasar esta missiva. Parece-me que tem, para os negócios de que a Sra. Sua mãe o entreteve, um pouco de trégua, pois ela deve ver o Sr. Bartholy [Berloty] de Lyon. Há grande chance que receba desse lado um parecer favorável e que, em seguida, aproximando-se da família de seu irmão, seja levada, por ocasiões bem naturais, a dar os esclarecimentos que seriam necessários, parece, para prevenir malentendidos. Falo aqui um pouco por conjectura, pois, os termos da carta da Sra. de Varax contendo muitos subentendidos, intelegíveis para você facilmente, captei somente em parte as dificuldades da posição. Estou quase contente com isso, porque, se a Sra. de Varax, incitando-o um pouco, perguntasse precisamente se você me entreteve dessas coisas íntimas, poderia, com razão, responder : Tentei dar-lhe, sumariamente, uma idéia, mas ele mal entendeu.

 

Seja como for, entrevejo bastante que sua presença seria agradável, provavelmente útil, mas parece-me que um pouco de temporização, se não é impossível absolutamente, permitiria às coisas esclarecerem-se como por si mesmas e que, ao mesmo tempo, a calma voltando nos espíritos, se sentiria menos a necessidade de chamá-lo de novo. Em todo o caso, a ausência se poderia medir segundo as necessidades de sua casa de Arras. Acho que o Sr. Lantiez poderá aproveitar o momento em que Monsenhor de Arras fará uma aparição no meio de suas visitas pastorais. O Sr. Roussel poderia, talvez, assegurá-lo se Monsenhor teria condições de receber o Sr. Lantiez, para que não fizesse uma  viagem inútil : a ordenação e a primeira comunhão não podem muito se fazer sem você. Procure prover a tudo, sem entristecer sua boa mãe e sem aumentar seus embaraços. Você verá mais claro, sem dúvida, daqui a um certo tempo.

 

Para a pregação, acho que seria melhor, segundo a regra, não aceitar, e que o Sr. Pároco entenderá que o que corresponde à nossa posição é o mais perfeito para nós. Se, no entanto, esse bom Pároco fosse ferido por sua recusa, ceda, suplicando-o para não mais recorrer a você.

 

Nada de novo aqui : um ou dois ou três postulantes, bons, espero, pelos lados essenciais, muito inexperimentados aliás e podendo valer somente no futuro. Passeio muito agradável após o retiro (na quarta-feira, dia 22) a pedido do R.P. Leblanc. Toda a família reunida em Chaville, em cordial efusão.

O Sr. Hello partirá, acho, no dia 11 de junho393 [para Roma]. Está organizando sua substituição. O Sr. Bedel é seu companheiro de viagem, mas, a menos de um milagre, não augure nada para uma aproximação a nós : o Arcebispado recusa absolutamente abrir mão dele. Para ele, acho que não sonha nisso de maneira alguma.

 

O Sr. Lantiez voltou contente de sua viagem. Se for de novo, mostre-lhe corretamente o fraco tanto quanto o forte : é importante para nós ver tudo para bem julgar.

 

Parece-me que devemos ficar sem querer nada e procurar simplesmente a vontade de Deus.

O Sr. Laroche me escreveu recentemente, do local de sua cura onde se instala cada vez mais, palavras bondosas, aliás, e animadoras sobre o bem que a Comunidade opera em Arras. É bem neste sentido que essa correspondência havia de ser concebida.

 

Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S., mil afeições de coração para você e para seus irmãos.

 

Seu devotado amigo e Pai em N.S.

 

                 Le Prevost

 

 





393 O Padre Hello ia a Roma para as festas do 18o centenário de São Pedro e São Paulo e da canonização dos mártires japoneses. “O capelão de Nazareth bebe Roma, se deixa embeber por ela ‘como uma esponja na água’. Fica entusiasmado: “Uma partida de Roma é bem triste, não se consegue arrancar-se da doce cidade, quando é conhecida. Os esplendores da festa haviam passado: passam mesmo em Roma. Somente há a festa do céu que não passará”. Cf. o Pe Hello ao Sr. LP. Roma, 23 de junho de 1867 ASV. e VLP., II,p.275.





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