Providências
para um emprego de intendente na família de Varax. Insistência sobre a
necessidade para as obras de viverem dos recursos locais. Não precipitar as
coisas na questão do fechamento da escola. Deixar agir a Providência. Maneira
de testar a vocação de um postulante.
Vaugirard,
28 de julho de 1867
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
A
pequena família, e eu em particular, nos acostumávamos facilmente a vê-lo de
volta à casa paterna. Foi preciso afastar-se de novo, o Pai por excelência,
Chefe soberano de todas as famílias, o chamava para outro lugar para seu
serviço. Que seus desígnios sábios e misericordiosos se cumpram e que nossa
cordial obediência lhe prove nosso filial amor!
Escrevo-lhe
às pressas, porque os Srs. Tulasnes, muito convencidos de que a pessoa proposta
por eles para o emprego perto da Sra. sua mãe seria plenamente o que conviria,
insistem para que, de ambas as partes, não se perca uma tão bela ocasião. Sua
convicção e a sabedoria de seu juízo têm peso para me persuadir a mim mesmo.
Mas, de outro modo, falto de meios para fundamentar um parecer, já que não
conheço a pessoa proposta. O outro estando longe e talvez não absolutamente
livre de se libertar sem algum prazo, sobretudo se as ameaças de perturbações
em Roma se tornassem, como parece, cada vez mais sérias396, não
haveria, talvez inconveniente em entrarem, você ou a Sra. de Varax, em relação
com os Srs. Tulasnes para informações, e em seguida com o próprio Senhor, sem
nada prejulgar. Se esclarecer bem e comparar as pessoas apresentadas me
pareceria ser o melhor, porque é provável que, tendo cada um qualidades
estimáveis, não conviriam igualmente, nem ao emprego, nem à pessoa que devem
secundar em sua administração. Peço-lhe para me responder logo que achar
possível, para que dê satisfação aos que, num ou noutro sentido, se interessam
com esse negócio. Os esclarecimentos amplos, sérios, me parecem ser plenamente
desejáveis para o descanso e a satisfação da Sra. sua mãe e para a sua.
Ficaria
bem contente também por saber o andamento das coisas em Arras. Parece-me
que deve tender a não pronunciar seu parecer e deixar muito para fazer à
Providência, cuja vontade estamos procurando. Nossa razão, neste caso, inclina
a considerar nosso afastamento de Arras como desejável para nós, mas
temporizamos, no entanto, sem resolver absolutamente de pronto a questão, para
estarmos seguros de que andamos segundo as vistas de Deus. Acho que, para a
questão da escola, não se pode demorar para resolvê-la e que é preciso refletir
nisso sem espera. Para a outra, esclarecer-se-á logo, já que estamos decididos
firmemente a não permanecer se a região não pode prover às necessidades da obra
e dos que estão a seu serviço. Se esse conjunto de coisas, obra e comunidade,
fosse posto em outro lugar, e aí em particular, na situação de mendicidade propriamente
dita, não deveríamos recusar. Mas a obra não se presta, nem por sua natureza,
nem por suas relações, a essa condição de existência, é preciso, portanto, que
lhe sejam assegurados os recursos para sua manutenção.
Um
pensamento vinha, esta manhã, ao Sr. Lantiez e a mim; não passa de uma simples
hipótese que lhe dou como primeira vista e sem exame: seria, se for preciso
ficar em Arras e suprimir a escola, chamar de volta para cá o Sr. Lainé que
entraria em Saint
Sulpice com os Srs. Leclerc e Pattinote, e mandar para vocês
o Sr. Parent que secundaria admiravelmente o Sr. Charrin. Pareceria-nos bem
mudá-lo de situação um pouco, para vê-lo sob todas as faces. É excelente rapaz
e tem qualidades pouco comuns, mas entrou tarde na nossa congregação e temos interesse
em ver a fundo se é chamado para a vida religiosa, se o é para nós
especialmente; para o sacerdócio, não vemos nenhuma dúvida. É dócil, sociável,
seria, na sua casa, útil e de maneira nenhuma um inconveniente. É um simples
teste e maneira de vê-lo que encaramos nisso.
Tudo
vai bastante bem aqui. O Sr. Chaverot irá, na sexta-feira, a Saint Etienne e
outros lugares por uns quinze dias. Está feliz e em paz, sem grande
movimentação, mas firme em sua satisfação. No domingo passado, disse a Santa
Missa em Chaville e fez a pequena instrução; saiu-se muito bem.
Adeus,
caríssimo amigo, todos os nossos irmãos lamentam a distância que nos separa. O
dia dos balões397 se levantará enfim, e depois, se levantará bem mais
seguramente ainda o grande dia do Céu eterno.
Seu
afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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