Fechamento
da casa de Arras. Aspectos legítimos e razões sérias de uma tal saída. “Apenas
nos temos conformado às vistas de Deus manifestadas pelas circunstâncias”.
Vaugirard,
9 de agosto de 1867
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Alegro-me
com você pelo feliz êxito de suas duas distribuições. Parece-me que é acabar
bem e que o bom Mestre quis assistir até o fim seus pobres servos.
Entendo
as impressões penosas que ressente e as compadeço bem cordialmente. Tinha
colocado ali muitos cuidados, afeições e labutas. Esperemos que, após um
momento de provação, tudo, salvo a escola, se sustente e que o fruto de seus
trabalhos não seja perdido.
Quanto
a nós, no ponto de vista de conjunto de nossa ação, não podemos lamentar o
posto de Arras que, numa esfera extremamente estreita, teria absorvido forças
que podemos empregar bem mais utilmente em outro lugar. Temos vários
estabelecimentos que são bem mais nossos do que aquele e cujo sofrimento vai
acabar, graças aos reforços que a volta de seu pessoal vai nos dar. Acho que as
vistas de Deus foram marcadas aqui pelas circunstâncias e que só fazemos, como
de costume, nos conformar a elas.
Para
a saída do Sr. [Ad.] Lainé, pode se efetuar logo que quiser. Nós o aguardamos e
seus amigos de Chaville acham que lhes faz falta. Fará bem em trazer toda a sua
bagagem, pois não há razão nenhuma para ele de deixar nada para trás. Deverá
também agradecer muito a esses Srs. do seminário pelos cuidados que lhe deram.
Para
as outras saídas, serão subordinadas às necessidades da obra que têm de
transmitir aos Irmãos das Escolas. Acho que, logo que aparecerem nela, terão
pressa de nos ver afastados.
Adeus,
meu excelente amigo, partilhe com seus irmãos todos os meus sentimentos bem
afetuosos.
Seu
devotado amigo e Pai
Le Prevost
Você
não me respondeu nada para o intendente de Montcoy.
Monsenhor
de Arras seria amável se nos desse, como presente de adeus, o bom jovem
eclesiástico de quem me falava ultimamente; mas dar, quando retiramos o que
levávamos de nosso lado, seria grande generosidade.
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