Modalidades de saída da obra de Arras. Atitude
a observar frente aos sucessores, os Irmãos das Escolas cristãs. O irmão
Buffait está nas últimas.
Vaugirard,
10 de agosto de 1867
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Acho,
com nossos irmãos, que é preciso guardar uma justa medida em nossas ofertas de
estada em Arras. Não
podemos partir de modo precipitado, nem criar embaraço nenhum ao Bispado nem à
obra do patronato. Mas, uma vez chegado o eclesiástico designado para assumi-lo,
nossa presença em uma ou duas sessões do patronato, para lhe entregar em mãos
as coisas, bastará amplamente. Não fazem questão, de maneira nenhuma, em Arras,
me diz o Sr. Lantiez, de nossos sistemas e procedimentos. Vão querer fazer as
coisas do seu jeito, e temos de dar nossos pareceres e tradições apenas numa
proporção muito medida.
Não
nos parece também que devamos, de forma alguma, envolver-nos num patronato da
quinta-feira. O eclesiástico que virá pode não aceitá-lo, mais vale deixar-lhe
toda livre iniciativa. De resto, está sendo aguardado, agirá segundo suas
vistas.
Para
o Sr. Laroche, tinha-o pressentido somente, há cerca de dois meses. Escrevo-lhe
uma palavra para avisá-lo definitivamente. Parece-nos que para a parte da
mobília que lhe pertence, temos apenas de tomar o aviso do Sr. Roussel, e dar
conhecimento em seguida ao Sr. Laroche do que o Bispado pensa sobre o material
da obra.
Quanto
ao que nos pertence, vender pareceria bastante impróprio. Leve ou envie a
Vaugirard tudo o que pode nos ser útil e pode ser trazido sem dificuldade
excessiva. Deixe na obra o que não poderia facilmente fazer transportar, na
medida em que lhe seria útil. Dê aos pobres e aos empregados o que não iria
para a obra.
Faça
sua pequena viagem de Lille e de Calais. Acho que as questões delicadas
concernente à sua família exigem muita atenção. A Sra. sua mãe, experimentada e
prudente, sair-se-ia bem. Acho que não se deve adiantar-se demais. Cuide de
rezar a Deus, para agir unicamente sob sua inspiração.
Precisa
rezar muito por nosso irmão Paul [Baffait]. Vieram de Chaville ontem à noite
para nos avisar de que, segundo o aviso do médico, ele não passaria a noite.
Não sei em que situação está esta manhã, vou partir em breve. Ele está bem
disposto. O Sr. Faÿ está junto dele, comungou quinta-feira e talvez ainda
depois. Deus digne-se recebê-lo em sua misericórdia.
Adeus,
meu excelente amigo, mil afeições para vocês todos.
Seu
amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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