Embaraço para
cuidar do irmão Legrand, doente. Participação das obras numa anexa da Exposição
universal de 1867. Limitar o apostolado dos irmãos; “bem assentar a
comunidade”.
Vaugirard,
18 de setembro de 1867
Meu
bom amigo e filho em N.S.,
A
saúde de nosso caro irmão Alexandre [Legrand] nos inquieta cada vez mais
seriamente: não somente sua memória, sua atenção e toda iniciativa apagam-se
nele, mas seus ataques tornam-se tão freqüentes, que parece quase impossível
deixá-lo numa casa de crianças e até mesmo em exercícios ou reuniões de
comunidade. O que fazer? Onde colocá-lo? Como prover aos gastos de uma pensão
em estabelecimento de saúde, com os encargos que já nos impõem o Noviciado e as
pensões de nossos seminaristas? Não encontramos nenhuma solução satisfatória
para essas questões. Não temos mais em Amiens nossa excelente amiga, a Srta. de
Lupel. Não acho que os RR. PP. Jesuítas possam nos ajudar. Os que conhecem o
irmão Alexandre talvez não estejam mais na Picardia. Tem ele outros conhecidos
que possam se interessar por ele, ou parentes que possam recebê-lo? Não acho.
Não falo de você, pois estou sabendo dos cargos que suporta: são pesados.
Conhece algum estabelecimento que não seja exigente demais? Aquele de Tain é
muito longe; não sei se nosso pobre Alexandre estaria ali melhor do que em
outro lugar. Pensamos que, por motivo de sua afeição por esse caro menino tão
bom, tão dócil, tão regular, devíamos tomar seu parecer. Pedimos a Deus para
inspirar-lhe as vistas que nós mesmos não temos até agora e que poderiam pôr
esse pobre menino doente na condição mais favorável para ele.
O
Sr. de Varax voltará em
breve. Não penso, no entanto, que chegue em sua casa antes do
retiro. Esforçar-me-ei para que o Sr. Lantiez vá conduzi-lo e instalá-lo em seu
posto.
O
Sr. Georges [de Lauriston] lhe deu o certificado de recepção do tecido que você
lhe enviou.
Escrevo
esta carta de Chaville, volto nesta noite a Vaugirard para a festa de Nossa
Senhora da Salete. Você se unirá a nós para essa amável solenidade.
5h.
Recebo sua carta na minha chegada em Vaugirard. Não vejo inconveniente na subscrição
Bareswille. Esses Srs. da Sociedade de São Vicente de Paulo esperam pouco fruto
dessa associação, que lhes parece abraçar um número excessivo de destinatários
para ser-lhes útil. Protestantes, judeus estão entre eles, junto com os
católicos: essa amálgama não poderia ser favorável. Chegar-se-á, no entanto, à
assembléia geral do Palácio da Indústria, para não se assinalar por uma
recusa398.
Penso
sempre que fará bem em não aplicar, por enquanto, seus irmãos na obra do
Patronato Saint Jacques. Você tem, antes de tudo, que reerguer com eles a obra
da rua de Noyon que enfraqueceu e diminui notavelmente. Tem, em segundo lugar
(se não é em primeiro) que assentar a comunidade e lhe dar o conjunto e a
regularidade que deverão assegurar-lhe o livre exercício.
Adeus,
meu excelente amigo e filho em N.S., partilhe com seus irmãos todos os meus
sentimentos afetuosos.
Seu
amigo e Pai devotado em N.S.
Le Prevost
Os
porteiros de Arras (homem e mulher, o marido sapateiro) se chamam Legros. Pode
escrever-lhes na Société Saint Joseph, rua Coclipas.
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