Apreciação sobre o irmão Guillot. O Sr. Le
Prevost levará em conta o ponto de vista do superior de Angers, antes de tomar
uma decisão.
Vaugirard,
19 de outubro de 1867
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
O
Sr. Guillot pode prestar-lhe serviços essenciais. Tem mais seriedade,
compostura, espírito religioso do que a maioria de nossos irmãos. Mas é pouco
próprio, ou, para dizer melhor, inapto para o ensino: seu espírito, um pouco
inclinado à impaciência, não pode se prestar à dupla obrigação de ensinar e de
vigiar ao mesmo tempo seus alunos. Tivemos, portanto, que renunciar a aplicá-lo
às classes, que cansavam sua cabeça até o sofrimento. Não deveria, então,
contar com ele para esse ofício. Faria dignamente o serviço do Coral, o
ajudaria utilmente para o economato, a ordem, a administração interior: eis a
alçada na qual pode agir. Se essa competência não pode bastar às suas
necessidades, valeria melhor não sonhar com ele para Angers.
O
Sr. Caille deseja particularmente o Sr. Leon [Guichard], porque era amado e
tinha bom êxito com os jovens, embora, para dizer a verdade, sem exercer uma
influência séria sobre eles. O Sr. de Varax estando ali doravante, esses meios
combinados poderiam reerguer o espírito dos jovens que muito sofreram. Mas não
se deve curar um mal suscitando outro mal. Não penso, portanto que o Sr. Leon
deve lhe ser retirado, se o Sr. Guillot não lhe parece compensar sua perda.
Aguardarei sua última palavra para tomar uma decisão.
Você
me diz que a penúria de suas finanças entra parcialmente em suas tribulações;
mando-lhe 200f,
para dar-lhe um pouco de alívio desse lado.
Adeus,
meu bom amigo, reze muito por nosso retiro. Pediremos a Deus que uma participação
nos seus frutos seja dada a você e a todos os nossos irmãos ausentes.
Conversarei seriamente com o Sr. Moutier.
Seu
amigo e Pai afeiçoado
Le Prevost
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