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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1202 - 1300 (1867 - 1868)
    • 1256 - ao Sr. de Varax
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1256 - ao Sr. de Varax

Utilização do tempo do Sr. Le Prevost. Como se comportar num novo posto: paciência, humildade; “é preciso que Deus invista nisso sua máxima parte”. O Sr. Le Prevost se inquieta por sua saúde. Que a comunidade observe bem o regulamento. Informações a tomar sobre um postulante que fez uma tentativa nos Franciscanos.

 

Chaville, 25 de novembro de 1867

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Escrevo-lhe de nosso eremitério de Chaville, onde passo, até agora, uma parte de cada semana, de sábado até quarta-feira à tarde. Daí, vou a Nazareth pousar e viver um dia completo com aqueles de nossos irmãos que residem nas duas casas. Enfim, volto na quinta-feira a Vaugirard. Pensaram que, desse modo, poderia ser um pouco útil nesses diversos lugares, sem dúvida por não poder fazer muito e seriamente em nenhum deles. Raros são os de quem se pode dizer, como se fez a respeito do divino Mestre: transiit benefaciendo [passou fazendo o bem].

 

Você, caro amigo, que fica bem instalado agora em nossa cara obra de Amiens, vai, espero, operar ali santas coisas, mas será com paciência e muito tempo. Em primeiro lugar, tomará conhecimento aprofundado da situação, desconfiando das primeiras impressões que, tantas vezes, hão de ser modificadas. Em seguida, uma vez suas observações bem feitas diante de Deus, procurará, no dia-a-dia, efetuar um pouco do trabalho ao qual se tiver obrigado. Trata-se de fazer, em Amiens, uma obra verdadeiramente útil  para os pobres meninos órfãos, aprendizes, jovens operários, e de constituir uma comunidade bem assentada para servir essa obra. É preciso que Deus invista nisso sua máxima parte, você tem o bom espírito de reconhecê-lo. Se formos humildes, fiéis, e também se formos homens de oração, esse santo empreendimento se realizará.

 

Estava acabando essa frase um pouco comprida quando o carrilhão da porta me anuncia sua carta de ontem, que me remetem neste instante.

 

Fico um pouco triste com os mal-estares tão freqüentes de sua saúde. Tem certeza absoluta de que não haja culpa de sua parte? (repreender os doentes, isso se muitas vezes). Toma as precauções necessárias? Segue o regime que lhe foi prescrito? Escuta os avisos do Sr. Marcaire, que encarreguei de ser seu monitor higiênico? Faça um pequeno exame sobre esses pontos e veja se não tem motivo para  censura. Se isso vem de Deus, Ele é o mestre, é preciso nos submetermos.

 

Acho que, fazendo registros separados, particularmente para a comunidade, a gente se regozijaria, a comunidade estando propriamente para ser formada e suas tradições para ser assentadas em Amiens. Para o orfanato e o patronato, se o primeiro tem um futuro, seria bom agir do mesmo jeito.

 

O Sr. Lantiez, a quem comuniquei sua primeira carta, insiste muito para que  observem seus regulamentos e que lhe sejam assinalados os golpes realmente graves com que se tentaria atingi-los.

 

Acredito que seus honorários de missas ajudariam fracamente à manutenção da capela. Vale melhor, uma vez feitas suas esmolas essenciais e pequenas despesas, entregar o resto ao ecônomo.

 

Ficar-lhe-ia grato por ver o Superior dos Franciscanos e pedir-lhe confidencialmente sua opinião sobre o chamado Jules Dubois [dito Julien], que veio a nós, vindo da casa dele (Superior) desde o mês de maio. Esse rapaz, muito trabalhador, bastante dócil e regular, tem uma certa estranheza no espírito: é curioso, indiscreto, trava relações fora, intromete-se em coisas que não lhe concernem e poderia, se não fosse vigiado, criar para si, por zelo indiscreto, negócios deploráveis para ele ao mesmo tempo que para a Comunidade. Meias confissões, da sua parte, me persuadem de que, por motivos semelhantes, ele tinha tornado sua situação difícil nos Franciscanos. Esses pontos devem ser esclarecidos.

 

Pela mesma ocasião, poderia utilmente fazer também algumas perguntas sobre o outro jovem (Sr. Wattelet, acho) que está perto de você em Amiens.

 

Vou lhe mandar um relógio logo que tiver a oportunidade.

 

Encarreguei o Sr. Paillé de receber os pequenos títulos na casa do Sr. Blount, mas são somente 50f a receber pelos de Roma. Com toda a dívida em atraso de três trimestres, serão 40f.

 

Nossa renovação se fez amavelmente com o R.P. Leblanc.

 

Adeus, caríssimo amigo, assegure todos os nossos irmãos de meus ternos sentimentos, o Sr. Caille em particular, e acredite também em minha viva afeição em N.S.

 

                                               Le Prevost

Vou pedir informações para a hermenêutica.

 




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