Pêsames pelo falecimento
de um avô. Relações de família.
Chaville,
30 de dezembro de 1867
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Tomamos
uma bem viva parte na nova aflição que golpeia sua família e, em particular,
sua boa mãe, que muitas provações dolorosas atingiram uma após outra.
Felizmente, sua fé a torna forte e sua alma se refugia numa submissão filial
aos decretos da divina sabedoria.
A
morte desse venerado avô não poderia acontecer também para você, caríssimo
filho, sem uma pena profunda, pois era o anjo protetor da família. Com seu pai
e sua mãe, tinha vigiado sobre sua infância, com essa doce autoridade da idade
e de uma linda vida nobre e cristã. Eis a sua casa bem desolada. O bom Mestre,
esperemos, cumulará todos os vazios pelo redobramento de amor e de zelo que
derramará sobre todos vocês. Rezamos a Ele nessa intenção e também pelo caro
falecido. Amanhã, direi por ele a missa de comunidade, para que todos os nossos
irmãos estejam unidos ao Santo Sacrifício, enquanto, de seu lado, você o
oferecerá também, sem dúvida, nas mesmas intenções.
Examine
se seus negócios em Amiens podem suportar alguma ausência de sua parte sem
prejuízo absoluto. Nesse caso, não poderia recusar à sua boa mãe a consolação de
sua presença durante alguns dias. Não é necessário, talvez, que acompanhe
até o fim a solução dos negócios, mas pode ser útil que tome conhecimento geral
da situação, para que possa, se precisar, concertar algumas decisões com sua
boa mãe, se ela pensasse dever consultá-lo.
Veja,
de resto, o que a situação pede, e, diante de Deus, faça o que lhe parecer
segundo sua santa vontade.
Aviso
nossos irmãos de diversos lados, para que todos rezem em união com você e com
sua cara família.
Acho
que você mesmo escreverá uma palavra a Amiens.
Adeus,
meu caríssimo filho, receberei com consolação notícias suas.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
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