Notícias da
Comunidade. O Sr. Maignen em
Roma. A capela de Nazareth. Se escrever muitas vezes.
Chaville,
18 de março de 1868
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Inquieto-me um pouco com seu silencio profundo
e prolongado. Tinha-lhe perguntado, para seus castiçais: são 4 ou 6? é dourado,
envernizado ou prateado? Nenhuma resposta.
O Sr. Paillé lhe informou o resultado da venda
de seus títulos. Mandou o produto ao Sr. Berloty, que acusou a recepção. Não
falou também ao Sr. Paillé que tudo estava bem assim.
Além disso, tivemos tempestades, neves e
granizos derretidos. Tudo isso foi inofensivo para você? Aqui, vários, o Sr.
Hello e outros, e eu também, não suportamos essas intempéries sem curvarmos um
pouco a cabeça. Todos se reerguem, mas um pouco lânguidos ainda. Você, caro
filho, caniço habitualmente bastante flexível ao vento, resistiu desta vez?
Responda-me, e acrescente além disso tudo o que pode nos interessar a seu
respeito, quer dizer tudo o que tem valor e interesse para amigos ternamente
devotados.
Não vejo aqui fatos memoráveis. O Sr. Maignen
está em Roma para uns quinze dias para uma missão caridosa que lhe deu uma
associação de gente de zelo e de fé. Era para ele uma boa ocasião, não precisa
perguntar se sua alegria é grande!
Consertaram um pouco a capela de Nazareth na
parte baixa da nave que está bastante bem restaurada. Mas, por falta de fundos,
não foi possível tocar no forro que fica perfeitamente liso e despido. O
aspecto de conjunto permanece portanto muito incompleto. Somos votados às obras
imperfeitas. Que Deus seja bendito, se encontramos nisso a ocasião de nos
humilhar cordialmente.
Recomende a Deus, por São José, várias coisas
bastante notáveis para nós, mas que estão no estado de indício simples. A nuvem
pode ganhar força ou se dissipar, só Deus decidirá, mas podemos muito pela
oração sobre o Coração de Deus.
Já que escrevo a você mais do que aos outros em
Amiens, tem a obrigação de se fazer o intermediário de todos os sentimentos ou
comunicações que não dirijo diretamente a cada um de nossos irmãos. Faça com
que percebam nossa afeição, nossa atenção por eles e suas obras. Essa habitual
relação e esse colocar em comum da vida de todos os membros da família é bem
essencial. Seja o agente condutor dessa mútua efusão.
Adeus, caríssimo filho. Acredite, para você e
para todos, em nosso terno devotamento em Jesus, Maria e José.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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