Propriedade
dos imóveis afetados às obras. Amigos do Instituto em Angers, (doutor Renier); dedicação
dos jovens. Fundação do Círculo dos Zuavos em Roma.
Vaugirard,
20 de março de 1868
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
Pensamos que será desejável para você que a
propriedade de Notre-Dame des Champs não esteja em seu nome, se tem algum jeito
de evitá-lo. Nunca temos a certeza de que os membros de nossa Comunidade
ficarão indefinidamente no mesmo posto. Se alguém de nós, tendo assim
contratado laços numa região, viesse a ser mudado de função, deixaria após si
algumas dificuldades todas as vezes que disposições haveriam de ser tomadas
concernente à propriedade de que seria proprietário indiviso.
Eis o que nos pareceu o melhor à primeira
vista. Se tivesse graves motivos para pensar diferente, consulte Monsenhor e
faça como lhe disser. Já temos vários imóveis em nosso nome sem estarmos mais
ricos, já que todos têm sua destinação exclusiva. Não é melhor para nós que
Comissões caridosas tomem sobre si essa responsabilidade?
Você tem em Angers um homem muito dedicado às
obras e zeloso acima de todos os demais. É o Sr. Renier, médico, recentemente
de volta, após uma estada de vários anos no campo. É um amigo muito íntimo do
Sr. Myionnet e eu também o conheço. Serviu de intermediário para aproximar o
Sr. Myionnet de mim. Tenha certeza de que encontrará nele um amigo devotado e
mais arrojado do que os outros para se doar em vista do bem. Veja-o de nossa
parte e diga-lhe que o Sr. Myionnet e eu contamos com ele para secundá-lo em
toda ocasião.
Ficamos muito comovidos aqui pelo entusiasmo
generoso de seus bons jovens pelo embelezamento de sua capela. O ardor pelo bem
não falta a essas jovens almas, e deve encontrar nisso ao mesmo tempo um
encorajamento e uma esperança para o futuro da obra. É Deus que lhe dá esse
sinal de sua bênção sobre seus trabalhos.
Tenho-lhe dito que o Sr. Maignen está
temporariamente em Roma, enviado por homens devotados à causa da Igreja, para
ajudar ao estabelecimento de um Círculo para os Zuavos? Ficará por lá ainda uns
quinze dias, acho. Reze pelo êxito dessa boa obra.
Adeus, meu caríssimo filho. Dê aos nossos
irmãos a segurança costumeira de minha terna afeição e partilhe-a com eles.
Queria escrever hoje a meu caro filho
Moutier, é coisa um pouco adiada. O Sr. Girard parte daqui a pouco para
juntar-se ao Sr. Maignen, a fim de liberá-lo logo que possível e dar-lhe o meio
de voltar quanto antes à sua obra, de que não pode se afastar muito tempo.
Seu afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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