P.S. do Sr.
Le Prevost
Em
continuação a uma carta em que um jovem irmão de Metz exprime sua gratidão ao
Sr. Risse, o Sr. Le Prevost acrescenta algumas palavras de benevolência.
Chaville,
em 13 de junho de 1868
Meu caríssimo Padre,
Há muito tempo, desejo dar-lhe notícias minhas
e ter suas, mas não ousei exprimir esse desejo a meus Superiores. Hoje, peguei
o coração na mão e pedi a meu Diretor, o bom Sr. Faÿ, a permissão para lhe
escrever; e não somente o permitiu, mas me autorizou. Estou sempre em perfeita
saúde, e confio que a presente o encontrará assim igualmente.
Agradeço-lhe pelo pequeno aviso que me deu em
sua última carta, e peço-lhe humildemente para me dar ainda outros, pois,
parece-me que meus Superiores me acham, ou delicado demais e receiam
entristecer-me, ou ruim demais e não ousam me censurar como quereriam.
Agradeço-lhe igualmente pelo relatório que me
mandou. É, no entanto, bem tarde, mas mais vale tarde do que nunca. Acha, sem
dúvida, que o esqueci, porque não lhe escrevi há tanto tempo. Seria uma
ingratidão se me esquecesse daquele que tanto fez por mim, por isso não o
esquecerei nunca.
Deve ter ficado triste ao saber que vários dos
que mandou para o mesmo lugar onde estou não ficaram. Eu também estava triste,
mas não fiquemos desolados, meu caro Padre, confiemos que o bom Deus lhe
mandará outros que serão mais firmes. Confio que o caro Sr. Bouquet o será
também, pois sempre o conheci por um jovem que reflete antes de agir.
Quanto a mim, não penso mais em outra coisa a
não ser em viver e morrer na Comunidade, não importa em que lugar, desde que
seja no seio da Comunidade. A única coisa que poderia me retirar da Comunidade
seria um caso de expulsão, e confio que o bom Deus me preservará de uma tal
infelicidade.
Tive a honra de conhecer o Sr. Lucien
[Jacquart] durante o último retiro, isso me agradou muito. Nenhuma outra coisa
importante a lhe dizer. Meus Superiores e meus irmãos estão bem, assim como o
caro pequeno Herlicq, e se alegram na perspectiva de vê-lo daqui a alguns
meses.
Termino pedindo-lhe para aceitar o protesto dos
sentimentos mais afetuosos de
Seu muito humilde e submisso filho
Nominé Pierre
A.M.D.G. [ad maiorem Dei gloriam : para a
maior glória de Deus]
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
O Sr. Lantiez nos trouxe notícias suas e de sua
cara casa. Voltou contente, como de costume, com o bem que você faz e com
aquele que deseja fazer. Achou-os a todos...
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